Apesar das reclamações das operadoras e dos pedidos de adiamento, não foram registrados incidentes no primeiro dia da portabilidade numérica, que permite ao consumidor mudar de prestadora de serviço e manter o número do telefone. De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em Londrina, no Norte do Paraná, foram registrados 132 pedidos de mudança de operadora com a manutenção do número -- 15,3% dos 864 pedidos registrados no país.
A região de Londrina, com o DDD 43, foi uma das escolhidas no país para a estréia do serviço, que deve ser implantado em todo o Brasil até março do ano que vem. As operadoras têm um dia útil para dizer se é possível fazer a migração com a manutenção do número. Em caso afirmativo, devem efetuar a mudança em até cinco dias úteis, a partir da solicitação do usuário. Durante a migração, o telefone pode ficar mudo por, no máximo, duas horas. Em Londrina, o presidente da Sercomtel, Gabriel Ribeiro de Campos, afirmou que o serviço foi implantado sem problemas. Nesta segunda-feira, segundo ele, foi feito um teste com a transferência de duas mil contas de uma central para a outra (o que antes poderia significar mudança de número). "Desse total, houve problemas em apenas duas migrações, o que representa uma taxa de insucesso muito baixa [0,1%]. Mas as causas dos problemas foram identificadas e, em cinco minutos, os problemas foram resolvidos", afirmou Campos.
As operadoras TIM, Vivo e Claro (de telefonia móvel), Brasil Telecom (móvel e fixa), GVT e NET (de telefonia fixa) informaram que ainda era cedo para fazer uma análise da implantação da portabilidade. Todas, incluindo a Sercomtel, optaram por não cobrar a taxa pelo serviço, fixada pela Anatel em R$ 4.