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Infográfico | Reprodução G1
Infográfico| Foto: Reprodução G1

O Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, recuperou a liderança na exportação de soja. Como mostra uma reportagem do jornalista da TV Paranaense Sandro Dalpícolo, exibida no Globo Rural desta terça-feira (29), no ano passado o destaque foi o Porto de Santos, no litoral de São Paulo.

Enquanto Santos exportou sete milhões de toneladas de soja, o Paranaguá escoou quatro milhões. No entanto, nos quatro primeiros meses deste ano a curva se inverteu. A exportação em Santos caiu 22%, e em Paranaguá subiu 18,5%.

Segundo a reportagem, a explicação pode estar no escoamento da soja transgênica. Por mais de um ano, o governo do Paraná proibiu o embarque de soja geneticamente modificada por Paranaguá. A autorização só saiu no último trimestre do ano passado, após determinação da Justiça.

A disputa pode ter assustado alguns exportadores que foram procurar outros portos, na opinião dos administradores do Porto. "Superados esses momentos, essa soja naturalmente veio para Paranaguá, veio para o nosso porto por uma questão de competência logística, vantagem econômica de menores custos, de geração de maior renda no campo e para os exportadores", avalia Daniel Oliveira de Souza, gerente de planejamento do Porto de Paranaguá.

Para a administração do porto, a determinação da Justiça, que desde o ano passado obriga o Porto de Paranaguá a exportar soja transgênica, não teria tanta importância nesse crescimento. Toda a exportação é feita pelos terminais privados do Porto. Os administradores não divulgam em quanto o volume de transgênicos exportados é maior do que o de soja convencional.

O analista de mercado Tony Silva acredita que o Porto de Paranaguá só recuperou a liderança nas exportações de soja porque voltou a embarcar transgênicos. "Depois de muitas liminares obrigando o governo paranaense a embarcar soja transgênica, finalmente está voltando uma certa movimentação, com muita dificuldade ainda".

Nos quatro primeiros meses deste ano, as exportações de grão, farelo e óleo de soja somam US$ 2,8 bilhões, 11% a mais em relação ao mesmo período de 2006.

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