R$ 66 milhões serão investidos na compra de novos shiploaders (carregador de navios) para o Porto de Paranaguá. O edital deve ser lançado até o fim do próximo mês. De acordo com a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), quatro dos 10 equipamentos serão trocados, já que alguns foram instalados na década de 70 e estão obsoletos.

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Às vésperas do início do escoamento da supersafra de grãos, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) está reforçando a comunicação na tentativa de evitar a formação de filas de caminhões ao longo da BR-277. Até julho, informativos (outdoors e folhetos) serão distribuídos nas estradas do estado na intenção de orientar os caminhoneiros quanto às novas rotas de acesso aos terminais de descarga. O objetivo do Programa Safra é dar fluidez ao tráfego dentro de Paranaguá e, na medida do possível, evitar o congestionamento no acostamento da estrada.

Os informativos, que também serão entregues para exportadores e operadores portuários, trazem o mapa de Paranaguá com destaque, em diferentes cores, para as 14 rotas para descarga de granéis. Além disso, o material reforça as regras de recebimento de cargas e a necessidade de agendar a entrega pelo sistema Carga Online.

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"Não podemos ser um ponto de estocagem avançado do campo. A nova distribuição de rotas em Paranaguá irá dar fluidez ao serviço", afirma o superintende da Appa, Luiz Henrique Dividino. "Terá penalidade para quem chegar sem cadastro", afirma o governador do estado, Beto Richa.

A projeção do terminal paranaense é movimentar 19,8 milhões de toneladas pelo corredor de exportação, crescimento de 24% em relação ao ano passado (15,9 mi/t). Além da soja e do milho paranaenses, Paranaguá é o caminho de saída para os grãos do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

"Não vamos eliminar o problema visto os números expressivos. Mas certamente será melhor que em anos anteriores", prevê o governador. "Somente no Paraná serão mais de cinco milhões de toneladas de grãos. O porto precisa funcionar como um relógio", ressalta o superintendente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Nelson Costa.

Nova lei

O aumento no número de caminhões é outra preocupação das autoridades. Além da necessidade de mais carretas para transportar a supersafra, a nova Lei do Caminhoneiro limita o tempo de trabalho dos profissionais – a jornada está limitada a 10 horas para os contratados e a 12 horas para os autônomos, com intervalos de 30 minutos a cada 4 horas trabalhadas e um repouso ininterrupto de 11 horas a cada 24 horas.

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"Com mais caminhões na estrada, o estresse também será maior. Não adianta tapar o sol com a peneira. Os problemas vão existir e precisamos minimiza-los", diz o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara.

Futuro

Para as próximas safras, o superintendente da Appa afirmou que existem planos para modernizar o pátio de triagem do porto. Outra possibilidade é a construção de pátios ao longo da BR-277. Neste caso, a obra seria executada em parceria com a concessionária Ecovia, responsável pela administração do trecho entre a capital e o litoral.