Após a liberação da BR-277 no início da tarde de ontem, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) espera voltar a receber, nos próximos dias, o fluxo normal de caminhões para a época de safra. O porto, porém, continua a operar bem abaixo da capacidade. Ontem, o número de veículos no pátio de triagem, local onde é feita a classificação e verificação da qualidade da carga antes da armazenagem, era de apenas 200 veículos a movimentação diária normal para esta época é de 1,2 mil caminhões.
O embarque de navios também está bem abaixo do limite. O corredor de exportação embarcou 35,5 mil toneladas de granéis na quarta-feira, sendo que num dia sem chuva o total carregado chega a 100 mil toneladas. Segundo a Appa, o problema foi o mau tempo, que força a suspensão dos carregamentos, e não a falta de cargas os estoques em Paranaguá ficaram abaixo do nível desejável nos últimos dias, mas não foram baixos o suficiente a ponto de faltar carga para ser embarcada. "A partir de agora, vamos começar a recompor os nossos estoques", afirmou o superintendente da Appa, Airton Vidal Maron, por meio de nota divulgada pela assessoria do porto.
No Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), a situação já começava a se normalizar ontem. Segundo Juarez Moraes e Silva, superintendente do TCP, chegaram ao terminal 1,2 mil caminhões, quando a média normal é de 1,5 mil. "Não houve problema no carregamento dos navios porque tínhamos estoque", disse.
Rodovia
A rodovia que liga Curitiba ao litoral foi liberada ontem, mas opera em meia-pista em um trecho de 17 quilômetros, entre os km 12 e 29. Apesar disso, a movimentação de caminhões é constante, ao contrário do que ocorria desde o início da semana, quando os veículos pesados desciam a serra em comboios de 50 carros. Com a perspectiva de melhora nas condições da estrada, a Appa normalizou a emissão de senhas do Carga On-line, sistema que gerencia o fluxo de caminhões em direção ao porto de acordo com a capacidade de estoque dos silos em Paranaguá. Também ontem, o trecho da ferrovia entre Curitiba e Paranaguá que estava interditado foi liberado. Na quarta-feira, havia informação de que a estrada de ferro estava operando, mas a América Latina Logística decidiu fazer novos testes nos trechos de instabilidade antes de permitir a descida dos vagões.