O governo de Portugal e o consórcio empresarial Gateway assinarão nesta quarta-feira (24) o contrato de venda da companhia aérea TAP, mesmo dia em que os trabalhadores da companhia convocaram uma manifestação contra sua privatização.
O executivo anunciou no último dia 11 de junho que a Gateway – formado pelo dono da Azul, o brasileiro-americano David Neeleman, e o empresário português Humberto Pedrosa – venceu a licitação de privatização de TAP.
A oferta de 354 milhões de euros (R$ 1,24 bilhão), valor mínimo, que pode chegar aos 488 milhões de euros em função da atividade da companhia em 2015, deu à Gateway 61% do capital da companhia.
O Estado português receberá apenas 10 milhões de euros pela operação, que ainda deve ser aprovada pela Comissão Europeia – 20% desse valor será recebido na assinatura do contrato, e o restante quando o processo de privatização for concluído.
A assinatura do contrato será realizada na presença dos ministros de Finanças, Maria Luís Albuquerque, e de Economia, António Pires de Lima, e dos “responsáveis máximos” da Gateway, informou nesta terça o Ministério de Finanças português.
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Para o mesmo dia foi convocado um protesto pela Comissão de Trabalhadores da TAP contra a privatização da companhia aérea.
Nesta segunda a Suprema Corte Administrativo de Portugal negou a ação cautelar apresentada pela associação Peço a Palavra, que solicitava a suspensão do processo de venda.
“Temos que respeitar todas as providências entregues em relação à TAP, por um conjunto de cidadãos ou por quem entender que deve fazê-lo. Mas a verdade é que estas ações não perturbaram o processo”, disse nesta terça Pires de Lima durante uma visita a Luanda, em declarações recolhidas pela imprensa portuguesa.
Além da companhia aérea, o grupo TAP inclui uma empresa de manutenção e engenharia no Brasil e a outra de gestão de carga e bagagens, a Groundforce.
A empresa voa para 88 destinos na África, na Europa e na América e possui mais de cinco mil funcionários e uma frota de 77 aviões.
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