Portugal está fazendo progresso com as reformas destinadas a recuperar sua saúde financeira e provavelmente poderá voltar aos mercados em 2013 como planejado, afirmou a Comissão Europeia nesta terça-feira (3). O país recebeu um resgate de 3 anos e 78 bilhões de euros da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional no ano passado, após seus custos de empréstimo nos mercados terem atingido níveis insustentáveis por conta de preocupações com a grande dívida e o baixo crescimento do país, provocados pela fraca competitividade. Alguns investidores ainda temem que Portugal tenha de seguir o exemplo da Grécia e buscar mais um plano de resgate, o que poderia envolver perdas para os credores do setor privado. "No geral, o programa está no caminho. O ajuste fiscal em 2011-2012 é notável por qualquer padrão", disse a terceira revisão do avanço de Portugal nas reformas, realizada pela Comissão. Parcelas do dinheiro dos credores internacionais dependem de Lisboa atender às metas de reformas acordadas. Desta vez a Comissão, que revisa o avanço do país junto com o Banco Central Europeu e o FMI, elogiou Portugal. "O cumprimento é extraordinariamente bom para Portugal", disse uma autoridade da Comissão Europeia, que pediu para não ser identificada. Indagada se Portugal precisaria de um segundo resgate se não puder voltar aos mercados, a autoridade respondeu: "Nossa presunção é que o programa é suficiente. Se Portugal conseguirá convencer os mercados é outra questão, claro." "Por enquanto, nossa presunção é que o programa está no caminho certo e deverá fazer com que Portugal reconquiste o acesso aos mercados em 2013", afirmou a autoridade.
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