A Portugal Telecom (PT) descartou a possibilidade de vender sua participação na brasileira Vivo, joint venture formada junto com a empresa espanhola Telefónica. Foi o que assegurou o presidente da operadora portuguesa, Miguel Horta e Costa, em entrevista ao jornal "Diário Econômico", de Lisboa, publicada nesta segunda-feira.
Horta e Costa considera que houve uma "precipitação" na análise feita pela Sonaecom, empresa também portuguesa que pretende adquirir a Portugal Telecom. A Sonaecom afirmou que, se conseguisse o controle da companhia presidida por Horta e Costa, admitiria vender a participação da PT na Vivo.
- A Vivo deu dimensão ao projeto empresarial da Portugal Telecom, sendo que a exposição no Brasil dá à Portugal Telecom uma opção de criação de valor acionista no futuro - disse Horta e Costa.
O executivo descartou qualquer tipo de mal-entendido com a sócia Telefónica na gestão da operadora brasileira e afirmou que as duas empresas ibéricas mantêm uma "relação exemplar".
- Temos uma sintonia total - assegurou.
O presidente da Portugal Telecom destacou a importância que o grupo português tem na operadora brasileira, que gera um maior interesse dos investidores.
- Sem o Brasil, a Portugal Telecom seria uma empresa quase doméstica, confinada a um país com potencialidades de crescimento limitadas. Com seus 30 milhões de clientes no Brasil, a Portugal Telecom entra no radar dos grandes investidores - acrescentou.
Além da Telefónica, o conjunto de acionistas da Portugal Telecom está composto por Brandes Investments Partners (8,53%), Grupo Banco Espírito Santo (8,36%), Capital Group Companies (5,6%), a estatal Caixa Geral de Depósitos (5,14%), entre outros.