No total de pessoas ocupadas no ano passado, 27,6% ganhavam até um salário-mínimo, revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2004), divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE. No Nordeste, 46% recebiam até um mínimo, superando de longe o percentual das demais regiões: 30,9% no Norte; 23,1% no Centro-Oeste, 20,1% no Sudeste e 17,9% no Sul. Na outra ponta, apenas 0,9% da população ocupada do país em 2004 ganhava mais de 20 salários-mínimos. O indicador variou de 0,4% no Nordeste a 1,6% no Centro-Oeste.

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O Nordeste também registrou o menor rendimento médio mensal de trabalho no país (R$ 450). Em seguida veio a região Norte (R$ 601). Em relação ao rendimento médio mensal do Sudeste (R$ 848), que foi o mais alto, o Nordeste representou 53,1%, o Norte, 70,9%, o Sul, 97,3% e o Centro-Oeste, 99,4%.

O rendimento médio mensal dos domicílios (que agrega todas as fontes de rendimento dos seus moradores) foi de R$ 1.392 em 2004. O maior valor ficou na região Sudeste (R$ 1 620), e os menores, no Nordeste (R$ 870) e no Norte (R$ 1 085), representando, respectivamente, 53,7% e 67,0% do referente ao Sudeste.

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Em termos do rendimento mensal domiciliar, a proporção de moradias com rendimento de até um salário-mínimo ficou em 11,5% em 2004; e a das que estavam na faixa de mais de 20 salários-mínimos, em 3,7%. Os maiores percentuais na faixa mais alta foram os do Centro-Oeste (5,1%) e Sudeste (4,6%). Já na faixa de rendimento de até um salário mínimo, a maior proporção de residências estava do Nordeste (23,1%). O índice de Gini da distribuição do rendimento domiciliar foi de 0,535.