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Até 2030

9 profissões que serão essenciais no futuro (a maioria ainda nem existe)

De acordo com a análise da Michael Page, o “arquiteto de bebês” será um especialista no genoma humano. | /
De acordo com a análise da Michael Page, o “arquiteto de bebês” será um especialista no genoma humano. (Foto: /)

Decidir que carreira seguir não é uma escolha normalmente fácil. Imagine, então, escolher a profissão de olho nas tendências do futuro. Nessa era de avanços tecnológicos e inovação constante, o futuro do mercado de trabalho é refém da ciência e das mudanças nas relações interpessoais, mas há quem ouse fazer apostas.

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Alinhada às novas necessidades de empresas e da sociedade, uma análise da consultoria Michael Page, especializada em recrutamento de alta e média gerência, indica algumas das profissões que serão mais demandadas até 2030 – e muitas ainda nem existem. Para Ricardo Basaglia, diretor-executivo da companhia, as carreiras abaixo serão determinantes para um futuro que se aproxima rapidamente:

1. Consultor de genoma

Tema recorrente no mundo da pesquisa científica, a engenharia genética humana está cada vez mais refinada e, muito em breve, é possível que surjam “arquitetos de bebês”. Mesmo com uma forte discussão ética sobre a possibilidade de escolher características estéticas dos fetos, existe um lado mais nobre desse conhecimento profundo sobre o genoma humano: a possibilidade de prevenção de doenças genéticas.

Assim, deverá ser grande a procura por profissionais que tenham a expertise necessária para fazer modificações genéticas em humanos antes mesmo do nascimento.

2. Consultor de longevidade

À medida que vivemos cada vez mais, precisamos aprender a lidar com essa permanência prolongada no planeta de forma saudável, produtiva e alegre. Assim como atualmente temos um enorme mercado para personal trainers, surgirá uma demanda de profissionais especializados em serviços, técnicas e orientação sobre longevidade e vida saudável na terceira idade. “O consultor de longevidade será um facilitador de conteúdos, atividades, viagens e programas específicos”, afirma Basaglia.

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3. “Hacker” genético

De forma semelhante ao consultor de genoma, esse profissional será um expert em melhoramento genético. Como já acontece, por exemplo, no agronegócio, com o aperfeiçoamento de sementes para cultivo mais eficiente, aposta do diretor-executivo da consultoria é que essa habilidade também será demandada pela medicina. O “hacker” genético poderá atuar buscando possibilidades de melhora de performance em atividades esportivas ou qualquer outra área em que humanos queiram alcançar novos limites.

4. Policial virtual

De modo geral, leis, tratados e acordos jurídicos, políticos e de direitos humanos foram concebidos para o mundo “offline” e ainda estamos engatinhando no que diz respeito a legislação para o mundo virtual. Porém, a vida em sociedade se torna cada vez mais entrelaçada com a digital, o que traz a necessidade mais segurança nessa “dimensão paralela”.

“O policial digital será treinado para investigar fraudes, furtos, distorções, quebra de reputações, formação de quadrilhas, tráficos em diversas escalas, em suma, crimes que ocorrem em nível virtual, por meio de dados, algoritmos, softwares”, diz Ricardo Basaglia.

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5. Especialista em simplicidade

O oceano de informações disponíveis atualmente abre também uma infinidade de possibilidades. Assim, nessa realidade progressivamente mais complexa, haverá a necessidade daqueles que saibam otimizar e simplificar processos, serviços e até produtos.

“O mercado financeiro já está utilizando pessoas para comunicar e vender serviços de consultoria de investimento (antes restritas a um pequeno nicho) em um formato simplificado e agradável a públicos maiores. As fintechs e consultorias independentes já fazem isso de forma mais geral. Porém, outras indústrias terão que investir em conceitos de simplicidade”, aposta o executivo.

6. Assessor de aprimoramento pessoal

A popularização de serviços de consultoria e mentoria pessoal e profissional mostra que já é comum a ideia de buscar auxílio externo para superar problemas ou conquistar objetivos. A tendência é que esses profissionais passem a ter ainda mais ferramentas para o aprimoramento pessoal, baseadas em avanços na ciência de dados e da neurociência.

“O aprimoramento pessoal com pegada mais tecnológica poderá identificar pontos de influência, inspiração, fraqueza e originalidade na jornada dos clientes em busca de evolução”, acredita ele.

7. Programador de entretenimento pessoal

Grandes empresas como Google, Facebook e Amazon já têm profissionais capacitados para treinar softwares que vão identificar os gostos dos clientes de acordo com seus hábitos de busca e consumo. No futuro, essa espécie de consultor de lazer atuaria em um nível muito mais pessoal, encurtando o tempo gasto procurando uma nova série preferida, aquela banda que vai entrar no seu repertório para sempre ou um restaurante queridinho para chamar de seu.

8. Curador de sustentabilidade

De acordo com Basaglia, os avanços tecnológicos ainda guardam muitas surpresas para o campo da sustentabilidade, como programas mais precisos de previsão de eventos climáticos como furações, tempestades, inundações e secas persistentes. Isso deve afetar substancialmente o cotidiano profissional de biólogos, geólogos, físicos e ambientalistas e influenciará o funcionamento de indústrias, empresas e governos. “É consenso em grandes universidades americanas que a ciência paradigmática do século XXI será a biologia, a exemplo do que foi a física no século passado”, afirma.

9. Especialistas em gestão de resíduos

Outra profissão que deve ganhar ainda mais força no futuro é a do gestor de resíduos, responsável por lidar com as quantias descomunais de lixo produzidas diariamente pela humanidade. Devem ganhar força tecnologias voltadas para o reaproveitamento destes restos, seja por meio de reciclagem ou geração de energia.

“A gestão de resíduos vai demandar tecnologia de ponta, estrutura de pesquisa, armazenamento e até de negociação, a partir do momento em que os resíduos possam dar forma a novos componentes”, sugere o diretor da Michael Page no Brasil.

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