A educação é hoje uma qualidade significativa, porém esquecida nos cursos de gestão empresarial. No entanto, a educação é um pré-requisito na seleção de executivos em agências de empregos ou por head hunters, um valor agregado na carreira do profissional dentro da empresa, além de um valor inestimável na forma de administração.
Quem já trabalhou com gente mal educada - subordinados, colegas ou chefias - sabe disso. A atmosfera de trabalho onde reina a educação é mais leve, os processos fluem com mais facilidade, e as dificuldades do dia-a-dia se tornam mais suaves.
Os pais parecem ter esquecido que liberdade e educação são coisas distintas. No afã da superproteção deixaram de lado os limites necessários e as regras básicas de educação. Não é papel da escola suprir essa carência e seria mesmo impossível pretendê-la. Logo, as empresas passam a ter que "repor" aquilo que poderia ter sido aprendido em casa.
Ninguém consegue ser rude com uma pessoa educada. A educação sobrepuja qualquer agressividade, raiva, animosidade. Acalma e afasta grosseria e estupidez comuns em certos ambientes de trabalho. E com isso, o gestor ou administrador educado consegue o que quer sem tanto desgaste na equipe que certamente o respeita e admira. A pessoa educada e firme tem critérios transparentes e límpidos, sempre conhecidos pelo grupo, o que facilita a tomada de decisão.
Gente educada tem a postura correta e adequada às diversas situações, direcionando a palavra certa a quem precisa ouvir, de forma delicada e gentil o que não invalida o pulso ou a autoridade de quem sabe o que dizer.
Um ambiente educado isola fofocas, mentiras, mesquinharias. Piadas e maledicências. Inibe posturas inadequadas sejam nas brincadeiras de mau gosto e no modo de tratar subordinados ou terceirizados, sejam na linguagem corporal deselegante ou agressiva que se torna mais comedida.
Se o maior tempo de nossas vidas passamos no ambiente de trabalho, não é natural que se prime por torná-lo mais agradável? Com educação os resultados podem ser atingidos; com imposição, exigência ou agressividade nem sempre.
O tema é pertinente porque sempre fico sabendo de situações empresariais em que o motivo da dispensa do profissional ou da empresa terceirizada está pautado na postura, num gesto ou na forma de se comportar. Infelizmente, nem todos estão atentos a detalhes que podem custar o próprio emprego ou contrato.
Maria Christina de Andrade Vieira, empresária e escritora, autora de Herança (Ed.Senac-SP), Cotidiano e Ética: crônicas da vida empresarial (ed. Senac-SP).chris@onda.com.brwww.andradevieira.com.br
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