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Carreira

A melhor hora para procurar emprego é quando se está empregado. Veja dicas

A estrutura do emprego atual - incluindo e-mail e telefone - não devem ser usadas na busca por um novo trabalho. | Reprodução/Kate Hiscock
A estrutura do emprego atual - incluindo e-mail e telefone - não devem ser usadas na busca por um novo trabalho. (Foto: Reprodução/Kate Hiscock)

O comodismo e a segurança fazem com que muitas pessoas só pensem em mudar de trabalho quando estão desempregadas. Porém, quem está desempregado pode acabar aceitando qualquer oferta apenas para garantir um salário que pague as contas no fim do mês.

Por isso, o ideal é atentar para a insatisfação ou a vontade de mudar de emprego justamente quando se está empregado, garante um dos diretores da Associação Brasileira de RH no Paraná (ABRH-PR) Adeildo Nascimento. “Você tem mais tempo para ver o que quer, sondar quais empresas seriam melhores”, opina.

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Mas fazer isso sem queimar a sua imagem com o atual empregador ou com o mercado requer muito cuidado. Primeiro, você precisa ter certeza de que realmente quer sair daquela empresa e não está usando uma proposta apenas para negociar um aumento ou promoção, postura que é mal vista pelos recrutadores.

“Se você deu o seu ‘ok’ em outra oportunidade, vá para a outra oportunidade”, adverte a gerente de mercado da consultoria Produtive, Tatiana Penteado. “Ficar fazendo leilão faz você se queimar nos dois lados”.

A melhor opção é abusar da tranquilidade de não estar desempregado para pensar bastante sobre a decisão, pesar prós e contras do emprego atual, refletir sobre qual é o próximo passo que deseja dar e aonde quer chegar com ele. Definir a área e empresas em que gostaria de trabalhar também ajuda a tornar a busca mais assertiva.

Discrição e profissionalismo andam de mãos dadas

É essencial tratar todo o processo com ética e profissionalismo para não haver mal estar com a empresa atual ou com a possível contratante. Por exemplo, a estrutura do seu atual emprego não deve ser usada na procura por outras oportunidades. Ou seja, não use e-mail e telefone corporativos e não faça nada relativo ao processo de seleção no seu horário de trabalho. Redes sociais devem ser usadas com cautela, já que não apenas o que você posta e compartilha, mas também o que você curte aparece na linha do tempo dos amigos - e contatos profissionais.

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Como não há urgência para encontrar um novo emprego, é possível planejar com calma cada etapa. Caso não seja possível agendar entrevistas em horário não comercial ou durante o horário do almoço, compense a ausência fazendo banco de horas e não deixe tarefas pendentes.

Também é possível pedir confidencialidade ao recrutador e que a entrevista seja feita em um lugar neutro. Afinal, empresas podem fazer contratações em sigilo e o mesmo vale para os trabalhadores.

“O candidato pode pedir para não ir até o escritório. Por exemplo: ‘Será que poderíamos tratar isso de forma confidencial e num local neutro?’”, sugere Nascimento. “É muito chato encontrar um conhecido, fornecedor ou cliente na sala de espera para uma entrevista. Uma situação como essa te expõe de uma maneira não muito legal”.

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Existe, ainda, a opção de contratar uma consultoria de transição de carreira. O consultor auxiliará o profissional na hora de pesquisar vagas, encontrar uma nova colocação no mercado aperfeiçoando o currículo, ajudando a traçar um objetivo e fazendo contato com as empresas de interesse.

Por fim, uma vez que a contratação com a nova companhia esteja garantida, é preciso ser ético no pedido de demissão. “Antes de pedir demissão e dar o aceite na nova proposta, tente negociar o período de início na outra empresa para não que não seja imediato”, aconselha Tatiana Penteado. “É sempre válido sair deixando uma porta aberta”.

O diretor da ABRH-PR concorda: “A forma que você sai de uma empresa é muito mais importante do que como você entra em outra”. É importante não deixar pontas soltas, entregar todos os projetos e cumprir os objetivos devidos.

Na hora da conversa final com o gestor, caso haja espaço para um feedback, o profissional pode explicar porque decidiu fazer aquela mudança na carreira e por que outra empresa se encaixa melhor nas suas metas pessoais. Porém, caso contrário, não é necessário entrar em detalhes. “O profissional pode dizer apenas que uma oportunidade melhor surgiu”, diz Tatiana.

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