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Algo que qualquer chefia ambiciona - ou pelo menos deveria! - é ter colaboradores verdadeiros, capazes de franqueza, o que não é nada fácil no cotidiano empresarial. Ou alguém gostaria de ter à sua volta pessoas e colegas falsos e funcionários obscuros que faltam com a verdade, escondem, ignoram ou camuflam informações que auxiliam a boa administração?

Para que os subordinados assumam suas posições e enfrentem chefias de maneira saudável é preciso que lhes seja dado espaço e abertura numa atmosfera espontânea. Será que isso acontece na sua empresa? Ou seja, a verdade é bem aceita, considerada, respeitada?

A cultura empresarial que permite que a fofoca, a intriga, a falsidade e a dissimulação se estabeleçam abre flancos para um clima interno de insegurança, desmotivação da equipe, falta de comprometimento, fortalecimento da individualidade, ausência de sinergia e cumplicidade. Numa empresa assim é mais fácil encontrar um espírito corporativo de autodefesa do que o "vestir a camisa" para resultados.

Evidentemente essa energia que expressa falta de vontade e simpatia forjada é perceptível para fornecedores, parceiros, clientes que tenham relação com equipe interna e que absorvem péssima impressão nos contatos. Isso acontece em empresas que faltam com a verdade. Nelas, a franqueza e o respeito pelos funcionários e clientes ficam distantes do dia-a-dia.

A cultura da verdade vem de cima, das hierarquias superiores que permitem o compartilhamento da gestão, dividindo problemas, desafios e resultados - negativos ou positivos. E são também eles que impedem o ambiente falso, cínico ou dissimulado. Permitir que o funcionário emita suas opiniões exige disponibilidade, tempo e atenção. É preciso ler nas entrelinhas a mensagem emitida, sobretudo quando ela fere alguma suscetibilidade. É preciso espírito democrático, segurança, autoconfiança, informação e conhecimento. Além de se ter clareza de onde se quer chegar.

Empresas verdadeiras oferecem melhores resultados e ambiente agradável. A qualidade de vida é considerada e os colaboradores crescem, pessoal e profissionalmente, estimulados de maneira genuína pelas áreas responsáveis.

Maria Christina de Andrade Vieira, empresária e escritora, autora de Herança (Ed.Senac-SP), Cotidiano e Ética: crônicas da vida empresarial (ed. Senac-SP).chris@onda.com.brwww.andradevieira.com.br

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