Vivemos numa sociedade que não aceita fracassos de nenhuma natureza. Tempos que não permitem alunos repetentes, não toleram pessoas doentes, não admitem insucessos. É preciso não só ser feliz que muitos entendem como sinônimo de sucesso, mas aparentar felicidade vestindo-se bem, tendo boa aparência, o carro da vez, filhos competentes e uma vida em que tudo dá certo - o que logicamente é impossível! Nem todos estamos felizes o tempo todo porque isso não existe neste mundo imperfeito. Ora, e o que se entende por sucesso? Ter poder, status, dinheiro e todas as facilidades que ele oferece, uma família unida, filhos encaminhados, um emprego ou empresa estabilizados?
Todas as vezes que pergunto em palestras ou treinamentos o que é sucesso as pessoas têm muita dificuldade em definir o sentido que a palavra tem para elas e, no entanto, é um termo fundamental para a manutenção da qualidade de vida. Sucesso implica em saber o que se quer e o quanto se conquista na direção desse plano, senão como avaliar? Todas as tentativas de sucesso são apenas um teste. Os maiores executivos do mundo admitem que tiveram inúmeros projetos que não funcionaram. O sucesso não significa cair, mas o tempo que se demora em levantar. Em outras palavras, podemos pensar que sucesso pode ser interpretado pela maneira como cada um se comporta diante de diferentes situações - e é isso que faz a diferença. Ou seja, faço dez projetos, alguns não dão certo.
A noção de fracasso é mais acessível - algo deu errado, mas esquece-se que o fracasso deve ser entendido como a escolha ou opção de um modo de fazer, sem esquecer que há outros. Naquele momento a pessoa escolheu um jeito que não funcionou e isso não quer dizer que ela, como pessoa, seja fracassada. R. di Stéfano ensina que não existe fracasso, só existe feedback. E Henry Ford dizia: "O fracasso é a oportunidade de se começar de novo inteligentemente."
Na busca de uma maior qualidade de vida em que o sentimento de realização tem um peso importante e significativo a compreensão do sentido exato da palavra para cada um é relevante porque varia entre as pessoas. Essa clareza auxilia o projeto de vida e de carreira, além de oferecer maior satisfação.
Maria Christina de Andrade Vieira, empresária e escritora, autora de Herança (Ed.Senac-SP), Cotidiano e Ética: crônicas da vida empresarial (ed. Senac-SP).chris@onda.com.br www.andradevieira.com.br
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