O futuro, o século 21, passa ao nosso lado. Parece voar em movimentos rápidos e ágeis deixando para trás aqueles que não caminham em sua estrada. Alguns nem a vêem, outros têm medo e outros já estão acelerados olhando à sua frente.

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Nas palavras de Hazel Henderson são os criativos culturais, os inovadores, os inventores. Podemos olhar árvores ou olhar florestas, assentar tijolos ou construir catedrais. A escolha é de cada um e torna-se acanhado o pensamento daqueles que não enxergam a vida como um tsunami de possibilidades infinitas.

Conheci um homem, me parece que angolano de origem, que vivia na Floresta Amazônica e tinha como meta morar em todas as florestas do mundo. Quer coisa mais interessante e original? Quanta experiência e vivência, quanta sabedoria se podia extrair de suas palavras! Quanto humor e alegria em sua expressão serena.

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Pessoas abertas para o planeta, para o futuro e para realizações usufruem melhor e com mais consistência as oportunidades. Ao final de sua trajetória têm histórias para contar.

O profissional e a empresa do futuro têm sua base e seus suportes fincados na sociedade e nas organizações de hoje e amadurecem na velocidade do tempo; que atropela teorias e, em segundos, torna obsoleto equipamento. Mais uma razão para o olhar estar atento ao amanhã, esse amanhã que se instala sem culpa, sem piedade e medo. No século passado, ontem mesmo, cinco anos atrás, as exigências do mercado de trabalho provocavam profissionais a não deixar passar oportunidades. Hoje elas são tantas que não deixam alternativas. Uma opção é acompanhar correndo a evolução à medida que ela acontece o que não é fácil. A outra é ser o próprio agente de transformação. A terceira inexiste porque ficar parado apenas olhando o cenário sem seguí-lo significa estagnar irremediavelmente.

E estagnar é definhar, apagar, morrer aos poucos. Ninguém deseja para si mesmo o apequenamento, logo as alternativas se restringem, mesmo sendo infinitas.

A infinitude acontece para aqueles que estão à frente de seu tempo, cujas antenas brilham de energia cósmica e levam consigo projetos, pessoas e pessoas mobilizadas pela vontade e desejo de fazer e ser.

Hoje, ter qualidade de vida, crescer e se desenvolver passa pela capacidade de olhar. Sem estigma, sem pre-conceito, sem paradigma. Uma olhar desafiador que busca, uma atitude que persegue o novo, uma imaginação alerta às necessidades que podem ser criadas.

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Maria Christina de Andrade Vieira, empresária e escritora, autora de Herança (Ed.Senac-SP), Cotidiano e Ética: crônicas da vida empresarial (ed. Senac-SP).chris@onda.com.br www.andradevieira.com.br