Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Especialização

As áreas da Psicologia

Como a maioria das áreas de conhecimento, a Psicologia possui um grande campo de estudo e conseqüentemente de atuação. Quem pretende fazer uma pós-graduação na área tem à disposição cursos de especialização como Psicologia Comportamental, Psicodrama, Gestalt, Psicanálise, Psicologia Hospitalar, Psicologia Sistêmica/Família, Psicologia Escolar, Psicologia Corporal e os mais recentes de Psicologia do Esporte, Psicologia do Trânsito e Psicologia Jurídica, entre outros, além, é claro, dos cursos de mestrado e doutorado.

Na opinião do psicólogo e diretor do Centro Reichiano de Psicologia Corporal em Curitiba, José Henrique Volpi, quem quer saber mais do comportamento das pessoas pode fazer um curso de pós-graduação em Psicologia. "Um engenheiro que trabalhe como gerente de pessoal, por exemplo, pode fazer um curso para ter uma visão melhor do assunto", diz. O psicólogo lembra, no entanto, que não é com um curso desses que alguém vai poder abrir um consultório e atender pacientes. "O conhecimento é aberto a todos, mas a prática é restrita aos graduados", define.

Para os formados em Psicologia, a professora Regina Celina Cruz, coordenadora do curso de Psicologia da PUC-PR, dá a dica: bons cursos de especialização são da área de Administração de Empresas, como os cursos de Gestão de Conhecimento e Marketing. "Essas são áreas nas quais os psicólogos estão começando a entrar", diz. Regina cita ainda casos de profissionais que encontraram no esporte uma possibilidade de carreira. "Um aluno nosso foi trabalhar como psicólogo na seleção de vôlei do Brasil depois de formado e uma outra aluna conseguiu emprego no Atlético-PR", exemplifica, indicando as oportunidades abertas pelo curso de Psicologia do Esporte.

Segundo a professora existem novos espaços nos quais o psicólogo pode atuar além das tradicionais clínicas para tratamento. "Há pouco tempo as unidades municipais de saúde começaram a contratar psicólogos. Também surgiram vagas em órgãos do poder judiciário, como fóruns, juizados e delegacias", exemplifica. Nas empresas, a figura tradicional do psicólogo também está mudando. "Existem agora trabalhos diferentes da seleção de funcionários", conta a professora, se referindo aos psicólogos que trabalham nos setores de recursos humanos das empresas, e praticam a chamada Psicologia Organizacional.

Para quem pretende lecionar Psicologia, a indicação é fazer um mestrado. "Não é obrigatório por lei, mas é uma exigência do mercado", explica a professora, ela mesma tem um Mestrado em Educação no currículo.

O estudante Rafael de Paula, que cursa Psicologia na Universidade Federal do Paraná (UFPR), também acha imprescindível um curso de mestrado ou doutorado para quem quer seguir a área acadêmica. "Acho que é também importante no percurso intelectual e como forma de produção de conhecimento", avalia. Rafael pretende estudar Psicanálise após se formar e depois procurar um mestrado em Psicologia mesmo.

O estudante conta que alguns de seus colegas estão fazendo mestrados em Letras. "Pela linha de pesquisa de Lacan há a questão da linguagem", explica. Pelo fato de a Psicologia ter um amplo campo de atuação, Rafael acha que o profissional deve se especializar. Além das várias possibilidades de trabalho, há também diversas linhas de pesquisa que o psicólogo pode estudar.

Faculdades dão ênfase à Psicanálise

Sobre este aspecto, José Henrique Volpi, afirma que as instituições de ensino geralmente abordam a Psicanálise, que surgiu com Freud, e deixam as outras linhas de pensamento de lado. O psicólogo, que já foi coordenador da Comissão de Registro de Especialista em Psicologia do Conselho Regional de Psicologia do Paraná, acredita que isso ocorra pelo fato de Freud ser o pai da ciência.

"A Psicologia Clínica começou com Freud, mas seus alunos e contemporâneos começaram a discordar dessa teoria e criaram cada um sua escola. A universidade negligencia a formação do psicólogo. Alguns recém-formados acabam até abandonando a profissão por não se identificarem com a Psicanálise, mas eu conheço casos de pessoas que depois de um tempo conheceram as outras linhas e retomaram a atividade", comenta Volpi, que, por sua vez, resolveu se dedicar à escola da Psicologia Corporal de Reich.

As escolas clássicas da Psicologia e seus maiores representantes são: Estruturalismo (Wundt e Tichtener); Gestalt; Funcionalismo (Dewey); Conexionismo (E. Thorndike); Psicanálise (Freud, Adler e Jung); Reflexologia (Sechenov e Pavlov); Condutismo (Watson, Hull e Skinner); a Psicologia soviética (Vygotsky e Luria); Humanismo (Allport, Rogers e Maslow); Cognitivismo (Piaget, Broadbent, Bransford e Barlett); e Psicologia Corporal (Wilhelm Reich e Alexander Lowen).

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.