A Petrobras atribui o crescimento de 27% no seu lucro líquido no terceiro trimestre do ano (frente ao mesmo período de 2004) à lucratividade obtida com o aumento de preços e de volumes comercializados nos mercados interno e externo. A Petrobras lucrou R$ 5,6 bilhões entre julho e setembro.
No entanto, segundo a companhia, os efeitos positivos foram compensados pelo crescimento dos custos dos produtos vendidos. O destaque fica com o aumento de gastos com participações governamentais e dos gastos com importação de derivados, com serviços técnicos e com materiais.
No terceiro trimestre de 2005, as receitas bruta e líquida consolidadas atingiram R$ 46,555 bilhões e R$ 35,711 bilhões, respectivamente. O crescimento das receitas bruta e líquida consolidadas, em relação ao terceiro trimestre do ano passado, foi de R$ 5,980 bilhões (15%) e R$ 5,541 bilhões (18%), respectivamente.
A produção total de petróleo, LGN e gás natural cresceu 10% se comparada ao terceiro trimestre de 2004, alcançando a média de 2,257 mil barris de óleo equivalente por dia, devido em parte à entrada em produção das plataformas P-43 (Barracuda) e P-48 (Caratinga), em dezembro de 2004 e fevereiro de 2005, respectivamente. A produção de óleo e LGN no país atingiu a média de 1.725 mil barris/dia, sendo 84% oriundos da Bacia de Campos (1.445 mil barris por dia).
O endividamento financeiro líquido do Sistema Petrobras se reduziu de R$ 33,316 bilhões em 30 de junho de 2005 para R$ 26,203 bilhões em 30 de setembro. A queda do endividamento é atribuída à maior geração de caixa, medida pelo EBITDA (R$ 12,488 bilhões), conjugada com a apreciação do real frente ao dólar no trimestre.
- Como reflexo de nossos esforços operacionais e corporativos, conquistamos também uma melhoria na classificação de risco da dívida em moeda estrangeira da Petrobras e de sua subsidiária integral Petrobras International Finance Company (PIFCo), atingindo o nível de classificação de grau de investimento (investment grade) - disse José Sérgio Gabrielli de Azevedo, presidente da estatal.