Todos os serviços bancários, inclusive os de auto-atendimento, estarão prejudicados e podem nem funcionar nesta quarta-feira em Curitiba e região metropolitana. Funcionários da rede bancária vão promover uma greve de advertência de 24 horas para reivindicar aumento salarial para a categoria. A manifestação acontece em todo o país.
A disponibilidade dos serviços depende do número de adesão de trabalhadores ao movimento. De acordo com a assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, a adesão deve ser maciça e ficar próxima a 100% nas agências localizadas no centro da capital. Já nas agências dos bairros mais afastados e da região metropolitana o número de trabalhadores que vão aderir ao movimento deve ser menor.
A assessoria de imprensa da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) afirmou que não acredita que a adesão será preocupante. Tomando como base manifestações anteriores promovidas pela categoria, a Febraban considera que os serviços não serão totalmente paralisados.
A orientação da Febraban é para que os clientes utilizem meios alternativos para o pagamento de contas. Para que não haja problema futuro, o cliente pode utilizar a internet, telefone, caixas automáticos que segundo a Febraban são, em sua maioria, terceirizados e não serão afetados pela greve ou os correspondentes bancários, como os Correios, lotéricas e outros estabelecimentos conveniados.
ReivindicaçãoA principal reivindicação da categoria é um reajuste salarial de 11,77% e maior participação dos funcionários nos lucros dos bancos. Além disso, os bancários pedem a "ampliação do horário de funcionamento das agências para possibilitar a contratação de mais funcionários e melhorar o atendimento à população", segundo a assessoria do sindicato. "Nós estamos tentando abrir um canal de negociações há mais de um mês, mas até agora, eles não estão nos dando a menor importância", disse a presidente do sindicato Marisa Stédile.
Por outro lado, de acordo com a Febraban, as negociações continuam acontecendo. A proposta salarial dos bancos é de um reajuste de 4% e abono salarial de R$ 1 mil.
O Sindicato de Curitiba alega que cerca de 300 mil trabalhadores foram demitidos no período de 1994 até 2005. Contudo, a assessoria da Febraban afirma que "isso é normal em vários setores. Em virtude da automação de alguns serviços e a terceirização de outros, a queda no número dos funcionários é aceitável".
Os bancários estão reunidos em assembléias por todo o país na noite desta terça-feira. Como pauta principal está a confirmação da greve por tempo indeterminado, que deve ter início em 6 de outubro.