O segundo maior banco dos EUA informou que os funcionários da área de banco de investimento logo poderão tirar até seis semanas adicionais de folga por ano — e recebendo salário.
A instituição está elaborando um programa piloto para os empregados da área de global banking e mercados, sob o qual eles poderão folgar além das férias, segundo memorando enviado pelo diretor operacional Tom Montag na terça-feira.
Para qualificar, as pessoas precisam ter pelo menos 10 anos de casa e só poderão solicitar o sabático uma vez a cada cinco anos.
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“Você decide como passar esse tempo”, escreveu Montag. Ele sugeriu que os funcionários “viajem, trabalhem em um projeto filantrópico, convivam com qualidade com a família ou simplesmente descansem para recarregar as baterias e o foco”.
Nos últimos anos, as instituições de Wall Street vêm tentando reter os empregados por mais tempo. Os esforços se concentraram nos mais jovens, com iniciativas para diminuir a enorme carga horária exigida dos recém-contratados para as operações de banco de investimento.
Sabáticos pagos são oferta rara no mundo dos bancos de investimento. O Financial Times noticiou no ano passado que o Morgan Stanley ofereceu licença paga a novos vice-presidentes de divisão em 2016.
O programa do Bank of America permitirá quatro semanas adicionais de folga para quem trabalhar na casa por 10 anos consecutivos, segundo documentos aos quais a Bloomberg News teve acesso. Os funcionários receberão o salário básico, mas o tempo fora não contará no cálculo dos bônus.
O sabático também será oferecido durante o 15º, 20º, 25º, 30º, 35º e 40º ano dos funcionários no banco, de acordo com o documento. No 20º ano de casa, a licença paga aumenta para cinco semanas e para seis semanas a partir do 35º ano.
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Talvez o Bank of America precise convencer seu pessoal que o novo programa não prejudicará as perspectivas de carreira dos funcionários da área de banco de investimento.
Alguns dizem que hesitariam em solicitar um sabático, para não se colocarem como alvo de demissões ou não serem promovidos. Eles pediram anonimato porque não têm autorização para falar em público.
Já Montag espera que alguns aproveitem a oportunidade.
Ele concluiu o memorando aos funcionários afirmando que “gostaria de ouvir o que você fez durante seu sabático”.