A menos de um mês das eleições presidenciais nos Estados Unidos, Barack Obama, que está prestes a deixar seu posto, participou de uma entrevista de emprego inusitada com um recrutador fictício no programa The Late Show, exibido no país pela rede CBS esta semana.
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Depois de receber o presidente, o apresentador Stephen Colbert brincou que iria ajuda-lo a se recolocar no mercado com o apoio de um expert que o submeteria a uma entrevista prática. Assim que deixou o palco, Colbert voltou na pele de Landy, um sarcástico profissional de RH.
Confira o vídeo do programa com o presidente Barack Obama
Landy entrou destilando ironia: “55 (anos). Momento difícil para um homem começar de novo”, disse. Depois, ainda em tom esnobe, perguntou se pronunciava certo o nome de Obama. De olho no currículo do político, questionou por que não via nenhuma promoção nos últimos oitos anos. Ao que o presidente respondeu: “não havia muitas possibilidades para isso. A única pessoa com cargo mais poderoso do que o meu era a minha mulher”.
O entrevistador também perguntou por que Obama estava deixando seu último trabalho e o presidente explicou que a lei não o permitiria continuar. Com um olhar de reprovação, Landy repreendeu presidente: “Ok, pequena dica: quando você diz que ficar no seu emprego pode ser inconstitucional, o que os empregadores escutam é que você rouba material de escritório”.
Obama também foi questionado sobre sua experiência no Twitter, já que o domínio das mídias sociais seria um ponto positivo na carreira. Em resposta, o democrata revelou ter milhões de seguidores. Landy se mostrou surpreso.
Quando perguntado sobre onde gostaria de trabalhar, Barack também foi espirituoso: “um escritório de cantos agradáveis ou que ao menos tenha cantos”.
Tom político
Entre sátiras e risadas da plateia, a conversa ganhou uma perspectiva um pouco mais séria, quando Landy perguntou a Obama o que ele realmente amava fazer. A resposta do democrata remeteu o bate-papo à próxima disputa presidencial.
“Meu hobby é encorajar os jovens dos EUA a sair e votar em novembro, para que o bom trabalho que fizemos nos últimos oito anos possa continuar no futuro”, pontuou o presidente.