O dólar comercial fechou pelo terceiro dia consecutivo em alta. A moeda americana encerrou a sexta-feira com valorização de 1,21% sobre o fechamento anterior, a R$ 2,250 na compra e R$ 2,252 na venda. Em três dias, o dólar se valorizou 3,44%.Na semana que começou com a moeda em forte baixa terminou com o dólar 1,94% mais caro.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a subir nesta sexta-feira, depois de dois dias em queda. O Ibovespa encerrou o dia com alta de 1,36%, encostando nos 33 mil pontos novamente (32.921 pontos). O volume financeiro foi um pouco menor em relação aos dias anteriores, atingindo R$ 1,346 bilhão.
O risco-país caiu nesta sexta-feira para 316 pontos centesimais, 8 pontos a menos que o registrado na quinta-feira. Na máxima, o EMBI+ brasileiro, calculado pelo J.P. Morgan, chegou a 325 pontos. Na Argentina, o risco perdeu 3 pontos, para 485 pontos-base.
Na máxima, o dólar comercial atingiu às 15h50m alta de 1,35%, a R$ 2,253 na compra e R$ 2,255 na venda, logo depois da atuação do Banco Central. No início da tarde o BC fez um leilão de swap reverso e vendeu 8.600 contratos no valor de US$ 410,9 milhões. Das 15h30m às 15h40m, foi realizado um novo leilão de compra de dólares no mercado à vista.
- É cedo para falar em tendência de alta. Já vimos esse movimento antes. Agora, o Banco Central, realmente, tem entrado com força no leilão de swap cambial reverso e no spot (mercado à vista), mostrando que a taxa não é boa - disse Hideaki Iha.
A alta também é considerada natural no final do ano, quando o mercado corrige as posições e aproveita para realizar lucro, segundo Iha. Para ele, já estava mais do que na hora de a cotação começar a subir. Neste ano, o dólar acumula queda de 15,1%. No final do ano passado, a moeda era vendida a R$ 2,654.
Ações
Apesar de acumular alta de apenas 0,27% na semana, no mês o crescimento chega a 3,15%, com destaque para o primeiro pregão de dezembro, quando o Ibovespa subiu mais de 2%. No ano, o índice acumula alta de 25,67%.
A desaceleração da inflação agradou os investidores. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 0,75% em outubro para 0,55% em novembro. O índice é utilizado pelo governo para a meta de inflação.
A taxa ficou acima do centro da meta (de 5,1% neste ano), mas ainda dentro da margem de 7%. Na Bovespa, entre as ações mais negociadas estiveram Tractebel ON, Vale do Rio Doce PNA e Siderúrgica Nacional ON. As principais altas foram de Brasil T Part PN (7,8%), Congas PNA (5,16%) e Tele Leste Celular PN (4,45%). Entre as quedas estiveram Sadia PN (3,27%), Light ON (3,17%) e Cemig PN (0,90%).
Juros
Faltando poucos dias para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que vai decidir o percentual da taxa Selic em dezembro, os juros futuros terminaram em queda nesta sexta-feira, na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006, terminou o dia em 17,98%, contra o fechamento de 18,04%.
O contrato de abril de 2006 fechou em 17,42% ao ano (17,47% na quinta-feira), o de julho ficou em 16,91% (16,97% no último fechamento) e o de outubro em 16,68% (16,76% anteriormente). O DI de janeiro de 2007, o mais líquido, ficou em 16,56%, contra 16,66% do fechamento anterior.
A próxima reunião do Banco Central está marcada para a terça-feira da semana que vem e a decisão será anunciada na quarta. A expectativa é de queda da taxa básica. As apostas de redução da Selic ficaram mais fortes com a divulgação do IPCA.
Paralelo
O dólar paralelo em São Paulo seguiu o comercial e fechou a sexta-feira em alta de 0,82%, a R$ 2,350 na compra e R$ 2,450 na venda. O dólar turismo subiu 1,74%, a R$ 2,190 na compra e R$ 2,340 na venda.
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