O dólar fechou perto da estabilidade nesta terça-feira, depois de ter operado em alta significativa na maior parte do tempo. A moeda americana terminou o dia em alta de 0,09%, cotada por R$ 2,337 na compra e R$ 2,339 na venda. Por volta das 17 horas a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) recuava 0,03%, aos 33.287 pontos e com R$ 975 milhões em negócios.
A constatação de que o Banco Central não compraria dólares no mercado à vista fez a cotação despencar. A moeda americana subia mais de 1% quando se esgotou o prazo hábil para o BC comprar dólares no mercado à vista. Em um minuto, a cotação chegou a cair 0,04%. Há mais de dois meses que o BC vinha comprando dólares diretamente dos bancos diariamente.
Já o leilão de contratos de swap reversos ocorreu normalmente. A operação, que equivale a uma compra de dólares futuros, terminou com US$ 376 milhões em contratos vendidos, de uma oferta total de US$ 400 milhões. O dólar chegou a bater a máxima de R$ 2,364 (+1,20%) e somente abandonou a forte alta com a certeza da ausência das compras do BC no mercado à vista.
O fato de o BC não ter comprado dólares dos bancos não surpreende os analistas, já que a liquidez do mercado está bastante reduzida. O BC tem por princípio não gerar volatilidade ou oscilações muito bruscas na cotação, e por isso pode ter evitado comprar nesta terça-feira. No mercado, no entanto, a presença ou ausência do BC acabam sempre por gerar especulações.
- O BC é quem vem mantendo o dólar em alta, mas o mercado continua "vendido". Na primeira oportunidade, as cotações voltam a cair - disse um operador de um banco nacional.
Em um dia de liquidez bastante reduzida, as projeções dos juros fecharam muito perto da estabilidade. A agenda econômica escassa não incentivou alterações nas posições. O Depósito Interfinanceiro (DI) de abril fechou com taxa de 17,37% ao ano, sem alteração no dia. O mesmo aconteceu com os 16,34% do DI de janeiro de 2007. A taxa de outubro de 2007 subiu de 15,87% para 15,90% anuais.