Que a gestão de capital humano é um fator relevante na organização profissional, muitas empresas já sabem. Profissionais especializados em RH e consultoria estudam e aplicam ferramentas que qualifiquem a atração e a retenção de talentos em cada área. A novidade nesse meio são as tecnologias desenvolvidas com o uso de banco de dados e inteligência artificial. Ferramentas de gestão permitem cadastrar dados dos funcionários e combiná-los para entender onde é necessário fazer alterações para melhorar os resultados de uma equipe.
O big data (grande volume de dados, alguns estruturados e outros não) é usado para organizar ações e fazer previsões de negócios. Agora, as empresas começaram a usar a ferramenta na gestão de pessoas. E cada vez mais esse parece ser o futuro da área de recursos humanos.
Na contratação de pessoas, por exemplo, os profissionais de RH aplicam questionários para mapear o perfil dos candidatos. O gestor do setor determina quais características são necessárias para trabalhar naquela área. A ferramenta faz a correlação entre essas informações e as que são fornecidas pelos candidatos e, então, seleciona quais são as melhores opções para preencher determinada vaga.
Essa é uma aplicação relativamente nova para o uso do banco de dados, mas, seguindo as previsões de quem trabalha com o big data, elas geram resultados visíveis e estarão cada vez mais presentes na rotina dos funcionários. A expectativa da transformação que o uso desses dados, combinados com inteligência artificial e robótica, vão trazer para as formas de trabalho que conhecemos hoje é tão grande que especialistas já usam esses conceitos para embasar o que chamam de 4.ª Revolução Industrial.
Além da contratação, os profissionais de RH e consultoria podem usar essas ferramentas para fazer investimentos assertivos em suas equipes. Paulo Castello, CEO da Fhinck, startup que desenvolve ferramentas para aprimorar a gestão de empresas, afirma que é possível usar esses recursos para trazer insights para as equipes.
“Através de um algoritmo, podemos ler a personalidade do usuário, o perfil comportamental. Com o histórico da atividade da empresa, conseguimos dizer qual a configuração ideal de perfil de time para determinada operação. Juntando isso com informações do RH, é possível organizar inteligências, colocar a pessoa certa no lugar certo e ela vai trabalhar feliz. Porque gosta de fazer aquele trabalho, entrega qualidade”, afirma.
Por enquanto, as ferramentas que fazem esse cruzamento de dados operam em atividades repetitivas, rotineiras. Com a medida em que os estudos sobre sua aplicação em empresas avancem, a tendência é que elas passem a automatizar ações de gestão. Segundo Castello, elas terão autonomia para criar ações de incentivo para otimizar o rendimento e aumentar o resultado dos funcionários.