Um dos livros mais estimados entre os profissionais do Vale do Silício é o The Art of Computer Programming, (A arte da programação de computadores, em tradução livre). A obra, dividida em 4 volumes, foi escrita pelo já aposentado professor da Universidade de Stanford Donald Knuth e é considerada por muitos como a "Bíblia da programação".
LEIA MAIS sobre carreira e emprego
"Se você acha que é um bom programador leia 'The Art of Computer Programming'. E depois você deve definitivamente me enviar um currículo se conseguir ler tudo e entender as ideias do livro", afirmou Bill Gates em uma coluna de jornal que o bilionário costumava escrever, segundo o Business Insider.
Steve Ditlea, analista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) fez um relatório em que também cita o livro de Knuth e dificuldade. “Exige uma disciplina incrível, e vários meses, para ler um livro dessa profundidade. Estudei 20 páginas, esperei uma semana e depois voltei para pegar mais 20 páginas. Se algum profissional acha que sabe tudo, Knuth vai ajudá-lo a entender que o mundo é profundo e complicado”, afirma Ditlea.
Mark Zuckerberg voltou a Harvard para pegar seu diploma. Veja o que ele disse aos formandos
Durante esse longo período, o trabalho de Knuth se tornou uma espécie de lenda da indústria de tecnologia - um rito de passagem para qualquer programador que queira ir além da simples codificação e aprofundar a complexidade subjacente que faz com que tudo funcione.
Guru da Disney e Pfizer explica o que as empresas inovadoras têm em comum
“O livro é profundo, desafiador e fere o ego de muitos programadores”, afirma Gates, e por isso ele gostaria de ter um profissional desse nível trabalhando com ele. O empresário conta que tem problemas até hoje para entender alguns exemplos e demonstrações matemáticas densas que estão no livro.
E apesar de o livro ter sido publicado em 1968, Knuth mantém atualizações do livro. É possível ainda receber uma recompensa – e uma moral – se você achar algum erro no livro. O valor é US$ 2,56, cerca de R$ 8,45 ou o que o autor chama de "dólar hexadecimal". Esse dinheiro é um prêmio valioso para quem quer ganhar um status intelectual, apesar de ser um valor simbólico.