Um animal sob suspeita de aftosa foi abatido na Fazenda do Centro de Ensino Superior de Maringá (Cesumar), e seus órgãos enviados para o Laboratório Nacional de Agricultura (Lanagro), em Belém do Paraná. O abate destinado a apressar os exames conclusivos sobre a presença da doença no estado foi confirmado nesta segunda-feira pelo secretário em exercício da Agricultura e Abastecimento (Seab), Nílton Ribas Pohl, e pelo delegado regional do Ministério da Agricultura, Walmir Lowalewski de Souza. Segundo Ribas, o abate foi solicitado na quinta-feira passada pelo ministério e feito de acordo com as normas técnicas para "tirar de uma vez por todas as dúvidas sobre a suspeita de aftosa no estado". Desde o dia 21, quando a suspeita foi anunciada pelo governo, os laudos técnicos vêm sendo adiados dia após dia, o que aumenta a apreensão dentro da cadeia produtiva da carne. Cerca de 80 propriedades estão interditadas, os frigoríficos reduziram drasticamente a produção e os laticínios vêm jogando leite fora, por causa do embargo de vários estados aos produtos paranaenses.
O abate foi confirmado durante a etapa do Fórum Regional contra a Aftosa, realizada ontem em Maringá, na Sociedade Rural do Paraná, mesmo cenário em que, na sexta-feira, proprietários das quatro fazendas incluindo a Cesumar que abrigam os 19 bois comprados no Mato Grosso do Sul e suspeitos de estarem infectados apresentaram laudos de cinco veterinários atestando que não apresentam sintomas clínicos da doença (como salivação excessiva, devido a aftas na boca, e dificuldades para caminhar, devido à vesículas no casco). Essas localidades receberam animais comprados no leilão Eurozebu, realizado no início de outubro em Londrina.
A superintendência do Mapa havia informado que, no domingo, um técnico gaúcho do ministério coletou novas amostras para enviar ao Lanagro. Provavelmente, foi o profissional que sacrificou o boi da Fazenda Cesumar.
Desde a confirmação dos primeiros focos de aftosa em Mato Grosso do Sul, em 10 de outubro, 47 países já embargaram total ou parcialmente a carne produzida no Brasil. Ontem, a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) informou que a seu pedido o governo de São Paulo liberou a venda de produtos industrializados de carne bovina e leite, bem como seus derivados. Desde o anúncio da aftosa, as empresas destes setores não podiam vender seus produtos para São Paulo.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano