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Conjuntura

Bolsa sobe 1,66%. Dólar termina semana com perda de 0,90%

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subiu 1,66% nesta sexta-feira, embalada pela certeza de que os juros básicos da economia finalmente vão começar a cair. O Índice Bovespa fechou em 29.307 pontos, já bem próximo da máxima do ano, de 29.455 pontos, registrada no início de março. O volume financeiro de R$ 1,476 bilhão ainda ficou abaixo da média das últimas semanas.

O bom desempenho das bolsas européias e americanas foi importante influência para o mercado doméstico, mas não foi fator determinante. Depois da queda de 2,5% da produção industrial em julho, o mercado teve maior certeza da iminente queda de juros depois da divulgação do IGP-M. O índice calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) detectou deflação de 0,56% na primeira prévia de setembro.

Juros menores indicam maior incentivo ao crédito e ao aquecimento da economia em geral. Com isso, as empresas serão beneficiadas e terão reflexos nos preços de suas ações. Entre as ações do Índice Bovespa, as maiores altas ficaram com Cemig PN (+5,65%) e Copel PNB (+5,16%). No acumulado da semana, a Bovespa subiu 3,49%.

Após uma sessão de negócios tranqüila nos mercados interno e externo, o dólar à vista caiu 0,47% e terminou o dia cotado a R$ 2,308 na compra e R$ 2,310 na venda. No acumulado da semana houve queda de 0,90% da moeda americana, que tem seu menor valor desde 10 de agosto, um dia antes de o Banco Central promover uma compra de dólares no mercado à vista.

- O mercado de câmbio finaliza a semana com tranqüilidade e com baixo volume de negócios, e sem perspectivas de novos fatos políticos preocupantes. Este cenário faz com que o preço da moeda americana reproduza com fidelidade somente o fluxo cambial - disse Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo da corretora NGO.

JUROS -As bolsas européias e americanas tiveram bom desempenho e foram influência positiva nos negócios por aqui. Além disso, as agendas política e econômica foram escassas e não houve rumores sobre as publicações do fim-de-semana.

Com isso, as atenções se concentraram na proximidade da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana que vem. As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam perto da estabilidade, com os investidores apostando em um corte de 0,25 ponto percentual na taxa Selic.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de outubro, que leva em conta a média das apostas para setembro, terminou o dia projetando uma queda de 0,23 ponto na taxa. Isso mostra que praticamente não há apostas em um corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica, hoje de 19,75% ao ano.

O DI com vencimento em janeiro de 2006 fechou com taxa de 19,03% ao ano, contra 19,05% do fechamento de quinta-feira. O DI de janeiro de 2007, o mais negociado, teve a taxa elevada de 17,65% para 17,66% anuais.

PARALELO - As cotações do dólar paralelo negociadas em São Paulo e no Rio de Janeiro fecharam estáveis nesta sexta-feira. Em São Paulo, o "black" terminou o dia valendo R$ 2,51 na compra e R$ 2,61 na venda. No Rio, ficou em R$ 2,40 na compra e R$ 2,50 na venda. O dólar turismo de São Paulo também não variou, encerrando o dia a R$ 2,29 e R$ 2,46 na compra e venda, respectivamente.

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