Depois de dois dias de mau humor a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) volta a ensaiar uma recuperação. A bolsa paulista abriu em alta de 0,04% nesta quinta-feira, com o Índice Bovespa em 26.723 pontos. O volume financeiro na abertura dos negócios foi de R$ 983 mil. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o Ibovespa com vencimento em outubro está em 27.260 pontos, com alta de 0,66%.
A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) é bem recebida no mercado de ações. O documento citou a convergência da inflação para a meta do Banco Central e não citou a necessidade de manutenção da taxa Selic em patamares altos por período prolongado. Com isso, fica reforçada a aposta no corte de juros em setembro.
Juros menores em tese reduzem o estímulo à baixa do dólar. Mas a moeda americana mantém a baixa. Às 10 horas, o dólar recuava 0,36%, cotado a R$ 2,428 na compra e R$ 2,430 na venda.
Outra boa notícia para os negócios é que, aparentemente, o ex-assessor Rogério Buratti vai abrandar as denúncias de propina na Prefeitura de Ribeirão Preto, na gestão de Antônio Palocci. Ele falará nesta quinta-feira à CPI dos Bingos e dirá, segundo seu advogado, que nunca viu Palocci receber propina.
No mercado futuros de juros, as projeções dos juros operam em baixa generalizada. Elas reagem ao teor da ata do Copom e se ajustam para a possibilidade de queda da Selic a partir do mês que vem. O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2007, o mais negociado, tem taxa de 18,15% ao ano, contra 18,27% do fechamento de quarta-feira.