A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em alta de 0,04% nesta segunda-feira, com o Índice Bovespa em 29.986 pontos. O dólar à vista recuava 0,31% às 10 horas, cotado a R$ 2,241 na compra e R$ 2,243 na venda.
A Bovespa inicia a semana dando continuidade à recuperação de sexta-feira, quando disparou 2,54%. A alta foi uma correção depois de fortes quedas nos dias anteriores, geradas por uma migração de recursos externos.
A ocorrência do feriado americano do Dia de Colombo poderá reduzir os negócios na Bovespa, embora as bolsas americanas funcionem normalmente. Os negócios estarão paralisados no mercado de títulos internacionais, o que pode reduzir a liquidez nos demais mercados.
Os investidores analisam também os dados do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. A pesquisa com bancos feita semanalmente pelo BC mostrou que as instituições elevaram ligeiramente a projeção para a inflação deste ano, de 5,21% para 5,22%. Já para 2006 os bancos reduziram a projeção pela terceira semana seguida, de 4,63% para 4,60%.
As projeções do mercado financeiro são importantes para o Comitê de Política Monetária (Copom) decidir sobre os juros básicos da economia. O comitê se reúne na próxima semana e a taxa Selic está hoje em 19,50% ao ano. A dúvida do mercado é saber se o comitê irá reduzir a taxa básica em 0,25 ou 0,50 ponto percentual.
Nos Estados Unidos a situação é inversa. Há a possibilidade de que o Federal Reserve aumente o ritmo de aumentos dos juros locais, levando em conta o aumento da pressão inflacionária. Se confirmada a decisão, o mercado pode passar por uma migração de recursos dos países emergentes para os títulos americanos. Essa possibilidade gerou forte volatilidade nos mercados brasileiros na semana passada, mas não impediu uma recuperação na sexta-feira.
No mercado de câmbio, os investidores e analistas continuam atentos aos passos do Banco Central, que na semana passada retomou as compras de dólares no mercado à vista. O BC comprou dólares em quatro dias, com o objetivo de recompor reservas cambiais.
Governadores e oposição articulam derrubada do decreto de Lula sobre uso da força policial
Tensão aumenta com pressão da esquerda, mas Exército diz que não vai acabar com kids pretos
O começo da luta contra a resolução do Conanda
Governo não vai recorrer contra decisão de Dino que barrou R$ 4,2 bilhões em emendas