A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não teve fôlego para continuar a registrar recordes e sucumbiu a um movimento de realização de lucros. Às 10h58, o Índice Bovespa tinha 31.066 pontos, com baixa de 0,72%. O dólar subia 0,08% no mesmo horário, cotado a R$ 2,265 na compra e R$ 2,267 na venda.
No mercado de títulos da dívida externa, os papéis brasileiros sobem e o risco-país nacional cai 3 pontos, a 355 pontos centesimais.
- O cenário continua muito bom, mas os ativos subiram demais e atingiram patamares atraentes para uma realização de lucros - disse um profissional de câmbio de um banco estrangeiro.
Na sexta-feira, o dólar atingiu seu menor valor em mais de três anos e a Bovespa subiu a um novo pico histórico. Os títulos da dívida externa também bateram recordes e o risco-país nacional atingiu seu menor patamar desde outubro de 1997.
O cenário externo se mostra tranqüilo, depois do alívio com a passagem do furacão Rita. A queda dos preços do petróleo é o termômetro dessa melhora no humor dos investidores na Europa e Estados Unidos.
Por aqui, o destaque da segunda-feira é o boletim Focus, do Banco Central. Pela segunda semana seguida o mercado manteve inalterada a projeção de inflação para 2005, em 5,21%. Mas o destaque ficou por conta da projeção do IPCA para 2006, que ficou em 4,64%, contra 4,80%.
- A projeção de inflação para 2006 já está muito próxima da meta (4,5%), o que é muito positivo. Já se pode ver um alívio nas taxas - afirmou o profissional.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), as projeções da taxa Selic operam em leve baixa. O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2007 tem taxa de 17,63% ao ano, contra 17,65% do fechamento de sexta-feira.
A Bovespa atingiu mais um recorde de pontos na sexta-feira, sustentada pela boa participação dos investidores estrangeiros. Com alta de 11,59% no acumulado do mês, no entanto, a realização de lucros era tida como iminente.
Entre as 57 ações do Ibovespa, as maiores baixas são de Eletropaulo PN (-3,38%) e Petrobras PN (-3,10%). As altas mais significativas do índice são de Brasil Telecom participações ON e PN, que sobem 2,65% e 2,25%, respectivamente. As ações da Brasil Telecom continuam a se destacar devido à expectativa de uma mudança societária que coloque fim à disputa de sócios.