O mercado acionário brasileiro dedicou o dia a uma realização de lucros, mas nem por isso abandonou o viés positivo que vem embalando os negócios. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa de 0,52%, com 30.678 pontos. Os negócios somaram R$ 1,814 bilhão, volume considerado expressivo.

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A correção de preços aconteceu em um dia essencialmente positivo, com exceção do tom mais conservador que o esperado na ata do Comitê de Política Monetária (Copom). O documento revelou que o Banco Central já projeta para este ano uma inflação inferior à meta de 5,1% que vem sendo perseguida. No entanto, não sinalizou o esperado aumento no ritmo dos cortes da taxa Selic.

- O mercado apostava na elevação do tamanho dos cortes de 0,25 para 0,50 ponto percentual. Mas o tom conservador do BC sugeriu uma curva mais calma - disse Gustavo Barbeito, do Banco Prosper.

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Segundo ele, o Prosper continua a trabalhar com um cenário positivo para a bolsa, dadas as boas notícias dos últimos dias. Entre elas esteve a recente captação externa brasileira em reais, que intensificou os rumores sobre "upgrade" da classificação de risco do país. De acordo com o analista, o volume financeiro mostra que o mercado continua animado.

- Hoje o destaque foi a perda de fôlego do furacão Rita e a queda do petróleo. Havia muito temor dos efeitos na produção de petróleo nos Estados Unidos, já que a região afetada é responsável por 25% do refinamento de no país - disse Barbeito.

As ações de telecomunicações, que vinham subindo aquém da média do mercado, desta vez andaram na contramão e fecharam com alta média de 0,28%. Das 57 ações do Ibovespa, as maiores quedas foram de Souza Cruz ON (-3,55%) e Petrobras ON (-2,87%). As altas mais significativas do índice foram de Banco do Brasil ON (+2,97%) e Light ON (+2,69%).