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O bom humor dos investidores do mercado americano garantiu à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) mais uma sessão de ganhos neste início de semana. O Índice Bovespa fechou aos 29.834 pontos, na máxima do dia, com alta de 2,25%. Os negócios somaram R$ 1,470 bilhão.

A escolha de Ben Bernanke como futuro presidente do Federal Reserve não chegou a ser uma surpresa, mas agradou o mercado americano. Mas quando a notícia chegou, o mercado já operava embalado pelos bons resultados corporativos e pela queda dos preços do petróleo. No final do dia, o índice Dow Jones marcou alta de 1,66%, bastante expressiva para uma bolsa americana.

O mercado de câmbio começou a semana em clima tranqüilo, embora tenha se mantido atento aos movimentos dos demais mercados. O dólar à vista fechou em baixa de 0,22%, cotado a R$ 2,259 na compra e R$ 2,261 na venda.

O EMBI+ Brasil, que mede o risco-país brasileiro, fechou em queda de 10 pontos nesta segunda-feira, aos 373 pontos centesimais. O indicador é medido pelo banco de investimentos JP Morgan. O risco-país da Argentina fechou em 414 pontos, com queda de 9 pontos no dia.

- A nomeação de Bernanke foi bem recebida no mercado americano porque significa a continuidade da política monetária de Alan Greenspan (atual presidente do Fed). Em grande parte, a alta da bolsa brasileira se deveu ao bom desempenho do mercado externo - disse Daniel Lemos, analista da corretora Socopa.

O analista chama a atenção para o comportamento das vedetes da bolsa paulista, que subiram significativamente. Entre elas estiveram Petrobras ON e PN (+5,67% e 5,52%) e Vale do Rio Doce ON e PNA (+3,73% e 3,69%).

Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, as maiores altas foram de Tim Participações PN (+6,30%) e Contax ON (+5,76%). As quedas mais significativas do índice foram de Sadia PN (-5,45%) e Braskem PNA (-3,12%).

Câmbio

Segundo José Roberto Carreira, gerente de câmbio da corretora Novação, os poucos momentos de maior estresse do câmbio aconteceram em virtude de situações típicas de mercado. Pela manhã, uma demanda mais firme levou a cotação a oscilar entre a estabilidade e até uma pequena alta. Por volta do meio-dia, a expectativa de leilão do Banco Central também gerou maior tensão.

O BC promoveu o leilão somente depois das 15 horas. Comprou dólares atendendo a 16 propostas, pagando R$ 2,262. A cotação se manteve praticamente no mesmo patamar, já que o BC teria comprado pouco mais de US$ 100 milhões, valor já "habitual" no mercado.

O destaque positivo do dia ficou com a balança comercial, que teve superávit de US$ 1,004 bilhão na terceira semana de outubro. Com isso, o acumulado do ano está em US$ 35,397 bilhões.

JurosAs projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em baixa nesta segunda-feira, acompanhando a melhora dos mercados em geral. O mercado de juros teve como destaque a divulgação do Boletim Focus, do Banco Central.

A pesquisa mostrou que o mercado revisou para cima a previsão para a inflação pelo IPCA este ano, de 5,22% para 5,31%. A nova projeção se afasta ligeiramente da meta estabelecida pelo BC, de 5,1%. Apesar da previsão de inflação maior, a média das instituições manteve a projeção de corte da taxa básica de juros, a Selic, de 0,5 ponto percentual em novembro.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 18,61% ao ano, contra 18,64% ao ano do fechamento de sexta-feira. O DI de abril teve taxa de 18,07% anuais, frente aos 12,12% anteriores. Já a taxa do DI de janeiro de 2007 ficou estável, em 17,58%.

Paralelo

O dólar paralelo negociado em São Paulo fechou estável nesta segunda-feira, cotado a R$ 2,40 na compra e R$ 2,50 na venda. O dólar turismo terminou o dia em alta de 0,85%, a R$ 2,23 na compra e R$ 2,38 na venda.

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