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Cotações

Bovespa sobe 1,44% e bate novo recorde

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) bateu novo recorde de pontos nesta quarta-feira, ao fechar em alta de 1,44%, com o Índice Bovespa em 31.942 pontos. Os negócios somaram R$ 1,9 bilhão. O mercado de câmbio teve um dia mais tranqüilo nesta quarta-feira, diante da melhora do cenário político e da presença mais discreta do Banco Central. A moeda americana recuou 0,13%, cotada por R$ 2,240 na compra e R$ 2,242 na venda.

BovespaO último recorde da bolsa havia sido registrado em 3 de outubro, quando o índice chegou a superar os 32 mil pontos, mas desencadeou uma realização de lucros e fechou em 31.856 pontos.

Segundo Gustavo Alcantara, gestor da Mercatto, a alta significa não apenas a melhora no cenário político interno, mas também a retomada das perspectivas positivas para 2006.

- Os negócios já estão focados em 2006 e podemos ver que o mercado está observando o bom momento que o país está vivendo. Um sinal disso é o bom desempenho de ações de empresas ligadas a consumo interno, como Pão de Açúcar e Lojas Americanas - disse o economista.

De acordo com Alcântara, a bem-sucedida participação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, foi muito relevante. Isso porque ela afastou a possibilidade de saída do ministro no curto prazo e deu maior tranqüilidade para os investidores voltarem o olhar para os fundamentos da economia.

A proximidade da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) também teve sua colaboração. Apesar de a aposta em um corte de juros conservador ser quase unânime, especulações sobre uma flexibilização monetária maior alimentaram ordens de compra de ações.

Entre as 57 ações do Índice Bovespa, as maiores altas foram de Tim Participações ON e PN, que subiram 10,89% e 8%, respectivamente. As quedas mais significativas do índice foram de Tele Leste Celular PN (-3,17%) e Telesp Celular Participações PN (-1,92%).

CâmbioA não-realização de leilão de "swap" reverso por parte do Banco Central já foi motivo suficiente para o dólar corrigir parte da alta de 1,04% da véspera. Mas também contribuiu para reduzir a pressão de compra a constatação de que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, permanecerá no governo.

A queda do dólar não foi maior porque o Banco Central comprou recursos diretamente dos bancos, enxugando o excesso de oferta. A autoridade monetária comprou dólares por até R$ 2,237. A partir de então, a cotação perdeu fôlego e fechou perto da máxima do dia.

Juro FuturoAs projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em baixa neste dia decisivo para o mercado de juros. No segundo dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), as apostas dos investidores foram de um corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic (de 19% ao ano).

Nos negócios na BM&F, a projeção média foi de um corte de 0,52 ponto na Selic, mostrando que poucas foram as apostas em uma queda maior que 0,50 ponto. Apesar disso, os analistas acreditam que haveria espaço para o Copom cortar a taxa de maneira mais ousada, como forma de incentivar o aquecimento da economia.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 18,16% ao ano, contra 18,20% do fechamento de terça-feira. O DI de outubro do ano que vem teve a taxa reduzida de 17,06% para 17,03% anuais. A taxa de janeiro de 2007 caiu de 17% para 16,96% anuais.

ParaleloO dólar paralelo negociado em São Paulo fechou em baixa de 0,81% nesta quarta-feira, cotado a R$ 2,35 na compra e R$ 2,45 na venda. O dólar turismo de São Paulo subiu 1,29%, a R$ 2,20 na compra e R$ 2,35 na venda.

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