Os governos do Brasil e da Argentina vão discutir na próxima segunda-feira, mais uma vez, o comércio de veículos entre os dois países, que prevê, a partir de 2006, a liberação total entre os mercados. De modo geral, os argentinos buscam maior proteção para sua indústria local no curto prazo, que vem perdendo sistematicamente espaço para os produtos brasileiros, e tendem a não aceitar o livre comércio já no ano que vem.
De acordo com o Ministério de Desenvolvimento, o governo do país vizinho alega que o Acordo Automotivo é o grande responsável pelo fato de 63% das vendas locais de veículos serem de produtos brasileiros. A Argentina afirma que isso é reflexo dos incentivos fiscais concedidos pelo Brasil para novas unidades fabris, além da redução de 40% no Imposto de Importação de autopeças.
O Brasil, por sua vez, culpa o menor poder aquisitivo da população argentina, que busca os veículos brasileiros, que são mais baratos por serem mais compactos e com elevado índice de nacionalização (92%).
- O Brasil defende um mercado livre, mas defende também que haja harmonia no crescimento dos mercados, da produção e dos investimentos. Temos de adotar uma política que contemple o crescimento, respeitando a proporcionalidade dos países - afirmou o secretário do Desenvolvimento da Produção do Ministério, Antonio Sérgio, por meio de nota.
Ainda segundo o Ministério, a participação do Mercosul no ranking mundial de produção de veículos caiu de 4,7% em 1997, para 3,9% em 2004.
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