O governo brasileiro estuda elevar a 35% a Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul para determinados produtos, como calçados e outros produtos de consumo, com a finalidade de barrar a entrada "de produtos de baixo valor". Também está na pauta do governo exigir que algumas dessas operações sejam pagas à vista pelo importador brasileiro.
As afirmações foram feitas nesta terça-feira pelo ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, durante a abertura da Feira Internacional de Calçados, Acessórios de Moda, Máquinas e Componentes (Francal), que neste ano está na sua 37ª edição.
- Hoje, a tarifa brasileira é variada. Vai de 15% a 18% ou 20%. Há um trabalho técnico dentro do ministério e na próxima reunião da Camex, convocada para o início de agosto, o assunto deverá ser apreciado - afirmou ele.
Recentemente, a Argentina também adotou esses tipos de restrições comerciais. Segundo Furlan, que negou que isso representa uma reação ao que foi adotado pelo governo argentino, o objetivo é só compensar os setores mais afetados pela valorização do real frente ao dólar.
- Não tem nada de reação. Já disse que estávamos estudando medidas para atenuar o impacto de setores afetados pelo câmbio. Essas são medidas disponíveis e que não causam nenhuma ruptura. Estão dentro da legalidade e tentam dar um alento aos setores num período difícil - acrescentou o ministro mais tarde em entrevista coletiva.
Ainda em seu discurso, Furlan fez também referência a outra reivindicação dos fabricantes de calçados: a adoção de barreiras contra os produtos chineses. O ministro disse que já tem viagem marcada para setembro a Pequim onde discutirá o assunto com autoridades locais.
- Esse não é um tema fácil. Envolve interesses maiores do que os setoriais.
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