O resultado da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em outubro deste ano mostrou que o otimismo dos empresários diminuiu em relação ao ano passado.

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É o quarto ano seguido em que a FGV consulta a indústria para conhecer as expectativas para o ano seguinte em relação a seis temas: faturamento, emprego, exportação, importação, situação dos negócios e investimento. Neste ano, em todos os quesitos, as projeções feitas em outubro de 2005 ficaram aquém das realizadas em outubro do ano passado.

Das 1.015 empresas entrevistadas, 38% planejam aumentar os investimentos em máquinas e equipamentos no ano que vem. No ano passado, 52% projetaram aumento de investimentos para 2005. A desaceleração do crescimento industrial em 2005 fez com que a indústria chegasse a outubro com um nível de utilização da capacidade instalada inferior ao do mesmo período do ano passado. Segundo a FGV, este fato, associado às previsões moderadas de crescimento para 2006, provocou a redução também na parcela de empresas que pretendem investir mais no ano seguinte.

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Os prognósticos indicam um arrefecimento no ritmo de expansão do emprego industrial em 2006, após dois anos de franca recuperação. Em 2003, 35% das empresas industriais previam contratar mais do que demitir no ano seguinte; em 2004, 47%; em outubro de 2005, 30%. Em outubro de 2004, apenas 6% das empresas previam reduzir seu contingente de mão-de-obra no ano seguinte; em 2005, 16%.

Em relação às vendas externas, 53% projetam crescimento do valor exportado, proporção inferior à de 63% das que previram o mesmo no ano passado e dos 55% há dois anos. Apesar da queda do dólar, as perspectivas para as importações industriais também são mais modestas que as do ano passado. Previsões de aumento são compartilhadas por 29% das empresas industriais (43% em outubro de 2004).

Já a previsões para o faturamento em 2006 são menos favoráveis que as feitas no ano passado, mas se mantêm em patamar elevado, levando-se em conta a desaceleração do crescimento enfrentada pelo setor neste ano.A parcela de empresas que projetam aumento do faturamento, descontada a inflação, em 2006, é de 72%, inferior à de 83% que previam o mesmo no ano passado. Paralelamente, aumentou de3% para 9% a proporção de empresas que projetam diminuição das vendas.

Apesar da diminuição do grau de otimismo com o rumo dos negócios, também em todos os quesitos da pesquisa a proporção de empresas prevendo crescimento (ou melhora) ainda supera significativamente a das que prevêem redução (piora). De acordo com um comunicado da FGV, a combinação de resultados mostra que o setor industrial prevê continuidade do crescimento a taxas moderadas em 2006.