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Emprego

Comércio da região de Curitiba abrirá 10 mil novas vagas

O comércio atacadista e varejista de Curitiba e região metropolitana deve criar entre 9 e 10 mil vagas temporárias nos próximos três meses, de olho nas vendas de fim de ano. Se confirmado, o número será inferior ao do mesmo período de 2004, quando aproximadamente 13 mil pessoas foram chamadas pelos lojistas. Os dados são de uma pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR) junto a empresários do setor e divulgados em reportagem da Gazeta do Povo.

Segundo o assessor econômico da Fecomércio, Wamberto Santana, a redução é reflexo do menor crescimento das vendas. Enquanto em novembro e dezembro do ano passado a receita cresceu 12% sobre o mesmo período de 2003, para 2005 a perspectiva é de aumento de 7% ou 8%. "Mesmo assim, os dados são positivos, porque a base de comparação é forte", diz Santana.

Sandro Silva, economista do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese-PR), avalia que a tendência é de que o número de contratações de fim de ano caia não só na capital, mas em todo o estado. "Entre setembro e novembro de 2004, o saldo entre contratações e demissões do comércio varejista foi de 10,8 mil, mas neste ano não deve superar 9 mil", diz.

Enquanto lojistas de Curitiba, Maringá e Cascavel – as duas últimas sob efeito da quebra da última safra agrícola – evitam o otimismo em relação às vendas e contratações, o clima em Londrina é quase de euforia. Até 5 mil pessoas devem ser contratadas para o fim de ano, elevando o número de empregados no comércio para 35 mil – no ano passado, foram criadas 3,5 mil vagas extras. Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), José Augusto Rapcham, em breve as lojas passarão a abrir nas tardes de sábado duas vezes por mês, o que pode gerar outros 3,5 mil empregos. Rapcham diz que os números positivos são resultado, em boa parte, da campanha Londrinshow, que provocou um aumento de 30% nas vendas por meio do sorteio de vales-compra.

Em Maringá, os 14 mil empregados do comércio devem ganhar o reforço de outros 1,5 mil nos próximos meses. Mas o vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), Ali Wardane, diz que hoje as vendas estão 35% menores que em 2004. Em Cascavel, empresas de recursos humanos estimam que 3 mil vagas temporárias serão abertas em novembro e dezembro, a maior parte no setor de comércio e serviços. Marcos Teixeira, vice-presidente da associação comercial da cidade, diz que o cenário não é dos melhores, mas aposta no esforço dos comerciantes para superar o Natal de 2004.

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