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O comércio paulista espera o pior Natal desde 1994 para este ano. Segundo expectativa da Federação Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), o faturamento do setor em dezembro deve ser 12% menor do que o registrado em 2004.

Segundo o diretor econômico da entidade, Antonio Carlos Borges, o desempenho do setor deve piorar no segundo semestre, pois a população estaria chegando ao seu limite de endividamento. De acordo com pesquisa da Fecomercio, o total de pessoas endividadas em julho deste ano chegava a 57%.

- Isso mostra que o modelo de expansão de crédito tem um limite. Com as contas em atraso, mais o comprometimento da renda, o consumidor tende a diminuir suas compras - diz Borges.

No primeiro semestre do ano, o setor teve um crescimento de 7,5% na comparação com o mesmo período de 2004. Boa parte desse crescimento é relacionada a um maior acesso ao crédito.

A previsão da Fecomercio é que o setor feche o ano com crescimento de 3,5%. O presidente da entidade, Abram Szajman, as previsões levam em conta que a economia não foi contaminada pelas crises políticas. Para o final do ano, o tíquete médio previsto para a entidade para os presentes é de R$ 40,00, contra uma média de R$ 50,76 em 2004.

- Se formos considerar em dólar, que é uma moeda mais estável, o valor é mais ou menos o mesmo. Até porque o valor de determinados produtos importados, por exemplo, caiu - afirmou Szajman

Pelo levantamento da Fecomercio, as vendas de dezembro são em média 95% maiores do que a média mensal do ano. Os setores que tendem a apresentar pior desempenho no ano são os que sofrem maior influência de renda nas suas vendas. São eles: supermercados, lojas de móveis e decorações, lojas de material de construção e lojas de departamentos. Na comparação com 2004, eles devem apresentar, respectivamente, uma queda de 5%, 3%, 1% e 1% de faturamento.

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