PEQUIM - O presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, confirmou nesta segunda-feira, em Pequim, que a China e a União Européia chegaram a um acordo para superar a crise originada pela retenção de milhares de roupas chinesas nas alfândegas da UE.
- O resultado é justo e eqüitativo, aceitável para ambas as partes - disse o primeiro-ministro, Wen Jiabao, acrescentando que beneficia tanto os empresários como os consumidores.
O comissário de Comércio da UE, Peter Mandelson, reuniu-se no domingo e nesta segunda-feira com seu colega chinês, Bo Xilai, e declarou depois o fim das conversações.
A porta-voz da Comissão Européia, Françoise Le Bail, também informou em Bruxelas sobre o acordo, destacando que o objetivo é "liberar o mais rápido possível" os cerca de 80 milhões de roupas chinesas bloqueadas nas alfândegas dos países da UE.
Em entrevista coletiva, a porta-voz comunitária disse que a CE considera justo o acordo - do qual não deu detalhes - já que "permite repartir de maneira igualitária o peso da carga".
Embora a proposta européia tenha se mantido no mais absoluto segredo, especialistas comunitários acreditam que poderia significar o aumento de uma parte das cotas para este ano e o uso, para 2005, de parte das correspondentes a 2006 e 2007.