Ao contrário do que acontece com um calouro prestes a iniciar uma faculdade, o graduado que pretende começar uma pós deve ingressar em um curso sabendo bem o que quer e com uma boa bagagem acadêmica. Participações em congressos, programas de iniciação científica e cursos de extensão, no caso do mestrado; e publicações, empresa onde trabalha e projeto de pesquisa, no caso do doutorado, contam muito na hora de conquistar os orientadores que farão a seleção. O que também ajuda para o sucesso de uma classificação é a indicação certeira do orientador, conforme as afinidades, mesmo que o aluno nunca tenha tido contato com aquele que vai escolher previamente.
"Normalmente, o candidato preenche uma ficha e manifesta, em função de afinidades, qual orientador gostaria de trabalhar", diz o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Geraldo Tadeu dos Santos. Antes disso, o aluno deve indentificar a área em que pretende trabalhar e, depois, "investigar" o currículo dos orientadores disponíveis, para escolher aquele que melhor se adapta a suas pretensões.
As informações sobre área de concentração e linhas de pesquisa geralmente estão nos sites das instituições. Para saber mais sobre o orientador, o aluno pode visitar o site do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) na área de currículos públicos. "Aí ele vê se o professor orientou várias pessoas, se tem vários trabalhos publicados. Ele deve dar uma estudada no orientador", explica Santos.
Uma opção para que as portas se abram mais facilmente é, se houver a possibilidade, ter um contanto prévio com o possível orientador. "Num primeiro momento, se indica que o aluno converse com o professor, para ver se é aquilo mesmo que ele quer. O professor pode sugerir algumas coisas e em cima disso o aluno apresenta um pré-projeto", recomenda o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Nivaldo Rizzi.
Segundo Rizzi, o que pesa muito é a viabilidade do projeto, por isso deve ser bem embasado. "Se o interessado já tem uma experiência, já pode estar pensando em um projeto viável de realização para propor no próprio ambiente de trabalho. É muito importante o projeto de pesquisa para a seleção", orienta.
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