O crescimento de 27,1% na demanda por vôos domésticos no mês de outubro foi considerado pelo presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas, Snea, George Ermakoff, como "totalmente atípico", embora o setor tenha apresentado um bom desempenho também no mesmo mês do ano passado, quando a procura por bilhetes nacionais cresceu 14,7%. Tendo transportado 3,14 milhões de passageiros em outubro, a indústria acumula uma alta de 18,7% na procura ao longo do ano, com um total de 27,6 milhões de embarques em linhas nacionais. Para Ermakoff, a queda na cotação do dólar justifica o aumento na procura pelas viagens de avião, em detrimento das viagens terrestres.
- A demanda pelo transporte aéreo varia em função do câmbio. Ela acompanha o custo das passagens, que está mais baixo com a desvalorização do dólar e se aproxima das tarifas do transporte terrestre. Isto significa que as companhias aéreas estão tirando passageiros dos ônibus e colocando-os dentro dos aviões. E as empresas de ônibus estão enfrentando uma redução na demanda - analisa Ermakoff.
Ermakoff acrescenta que, além da variação do barateamento das passagens facilitado pela concorrência das empresas de baixo custo, problemas com a má conservação das estradas e tempo de viagem influenciam na decisão do viajante, que agora prefere viajar de avião. Se mantidos os mesmos ritmos de variação na oferta e demanda, o presidente do Snea estima que o ano encerre com crescimento de 19% para as viagens nacionais. Já a oferta de assentos, que acumula crescimento de 9,5%, ao longo do ano, segue em ritmo coerente, segundo Ermakoff.
- Houve aumento das taxas de ocupação e isso é bom para a indústria.
Em outubro, as companhias aéreas registraram 71% de aproveitamento nos vôos domésticos e 79% nas linhas internacionais. A média ao longo do ano ficou em 70% (nacional) e 77% (internacional), todas acima das taxas verificadas nos períodos equivalentes em 2004.
Apesar do aumento na demanda interna, os dados coletados pelo Departamento de Aviação Civil (DAC) e divulgados pelo Snea apontam uma retração de 2% no mês na demanda por vôos internacionais operados pelas empresas aéreas brasileiras (TAM, Varig e Gol). A queda, explica Ermakoff, pode ser explicada pela retração de 11,2% na procura por vôos internacionais da Varig.
- A queda da demanda da Varig reflete a queda da demanda da indústria - avalia.
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