Apenas uma pós-graduação é muito pouco. Se antigamente era um diferencial considerado, hoje já não é mais o suficiente. Para se manter atualizado, na opinião do mestre em Ciências da Administração José Kantek, o profissional deve fazer, pelo menos, um curso a cada três ou quatro anos. "Cursos de pós-graduação são de extrema necessidade para quem quer se manter competitivo no mercado de trabalho".

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A mesma opinião tem o administrador e especialista em Marketing Pessoal, Propaganda e Gestão Empresarial, Alexander Baer. "O mercado está extremamente competitivo. Hoje, tanto as pequenas quanto às médias e grandes empresas querem resultados e os melhores profissionais", afirma. Para ele, como conseqüência, os profissionais devem cada vez mais investir em conhecimento. "Seja em cursos de pós, ou MBAs, ou cursos de línguas ou de habilidades como trabalhos em equipes, por exemplo. Aqueles que se acomodaram e pensam que com uma graduação e uma pós podem ficar tranqüilos, estarão fora do mercado em pouquíssimo tempo", alerta.

A competitividade cada vez mais acirrada se deve, de acordo com Kantek, a dois fatores fundamentais: a entrada da mulher no mercado de trabalho e a rapidez do desenvolvimento da tecnologia. "Há duas décadas todos os empregos eram divididos somente entre a população masculina. De lá para cá, ocorreu a entrada da mulher no mercado. Hoje existem muito mais pessoas procurando uma colocação. Outro fator é a velocidade da tecnologia. Em função disso, o mundo tem se atualizado a cada três ou quatro anos. Assim, muito do que aprendemos caiu em desuso. Temos um mundo em completa mutação", observa ele.

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Assim como as pessoas, as empresas também não podem ficar estacionadas. "Se as empresas não se reinventarem a cada três ou quatro anos estarão fadadas a cair fora do mercado. As inovações científicas, tecnológicas e sociais fazem com que haja a 'destruição' dos produtos. Da mesma forma que um médico, por exemplo, que não se atualizar certamente perderá espaço para os mais atualizados. O profissional precisa ter em mente que existem outros estudando mais que ele".

Marca pessoal e currículo direcionadoTanto Kantek, que também é consultor da Aims – International Management Search (empresa que procura talentos), quanto Baer acreditam que o profissional deve fazer seu marketing pessoal. O consultor compara o profissional com um produto. "Quando monto o perfil de um profissional é como se montasse um produto a ser vendido. O currículo é uma das melhores formas de marketing pessoal. É por meio dele que as empresas avaliam o perfil do candidato. Hoje é preciso saber fazer um currículo para a empresa que se pretende trabalhar, observando os valores e a cultura daquela empresa. Ou seja, faça um marketing orientado para aquela empresa", orienta.

Para Baer, os indivíduos que priorizam sua "marca" particular tendem a estar cada vez mais em vantagem competitiva no meio empresarial. "O profissional precisa conhecer suas potencialidades e suas limitações. Temos ótimos profissionais, por exemplo, que são bastante tímidos. Se eles tiverem consciência dessa limitação, poderão participar de cursos e palestras para ajudá-los a superar esse problema. Eles vão crescer profissional e pessoalmente", diz. "Nosso sucesso depende de nós mesmos", conclui.

Hoje o mercado de trabalho exige facilidade de comunicação não só na Língua Portuguesa como em outros idiomas. "Antes quem falava Inglês tinha um diferencial. Hoje é preciso saber, no mínimo, duas línguas estrangeiras", garante Baer.

Competências e planejamentoO profissional, na opinião de Kantek, deve ter cinco competências essenciais: capacidade de influenciar e convencer as pessoas; capacidade de escolher e optar; capacidade de ter empatia; capacidade de controle das emoções e capacidade de antecipar situações. E aquele que não sabe onde quer chegar certamente não alcançará o sucesso. "O profissional deve definir seu caminho e fazer um planejamento de sua profissão", aconselha.

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Baer também sugere que o profissional faça um planejamento a curto, médio e longo prazos. "É preciso ter um planejamento estratégico pessoal e profissional de sua marca. Seja ela na área social, econômica, financeira, espiritual e físico-mental. O importante é traçar quais objetivos e metas que devem ser concretizá-los, sem desperdiçar energias em outras coisas". Ele aconselha ainda que se coloque no papel para que fiquem claros os objetivos. "Colocando no papel o que se quer ser e o se que quer ter, todos os esforços e energias serão canalizados para alcançar tais objetivos".

RelacionamentosTodo profissional deve trabalhar com sua network. "Mais de 70% das novas oportunidades não estão nos classificados e sim na sua rede de relacionamentos. Fazer network e estar sempre em contato com as pessoas são os segredos da marca pessoal. Troque cartões de visita, participe de cursos e seminários. Grandes e gigantes oportunidades aparecem. Isso não se constrói da noite para o dia. É um trabalho que deve ser realizado sempre!", garante Baer. (veja mais dicas)

Participação dos internautas

Os internautas que participaram do fórum do Portal TudoParaná, que está no ar ( participe) e questiona "De quanto em quanto tempo um profissional deve fazer uma pós-graduação?" mostraram estar conscientes da necessidade que os cursos de especialização, mestrado ou doutorado devam ser feitos periodicamente para que os profissionais se mantenham competitivos no mercado de trabalho. É o caso do internauta José Silveira: "cursos avulsos de especialização ou atualização devem ser feitos até anualmente. Tanto que as grandes empresas costumam patrocinar certas atualizações do interesse delas", disse.

Também Jamil Rossetto Schelela acredita que "a pós-graduação do profissional liberal deve ser exercitada no dia-a-dia, isto é, aplicando o que apreendeu, usando de sua experiência, manuseando livros, publicações, trocando informações". João Paulo concorda e afirma que "todo profissional deve periodicamente fazer uma especialização ou um aprimoramento na sua área de atuação".

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Já o internauta Eugênio Tomé acredita que não deva existir um tempo pré-determinado para se fazer pós-graduação. "O profissional tem que sentir o momento que isso deva acontecer, de maneira tal que a pós escolhida venha complementar e auxiliar no desenvolvimento e performance do seu trabalho. Portanto, a pós se caracteriza como um instrumento de apoio, pois um bom profissional se burila desde o primeiro emprego, através de sua dedicação e perseverança nos objetivos e metas traçadas para a vida toda".

Outros acreditam que o tempo entre uma pós e outra deva ser menor ainda. "Um ano é importante para dar tempo de digerir e usar tudo que foi aprendido em uma pós....depois de um ano a outra pós serve como um upgrade...pra ir se atualizando sempre", afirma Edson Paulo de Carvalho Júnior. Para o internauta Pedro Luiz Rosso, a atualização profissional, em função dos avanços acelerados em todas as áreas, obriga que todos estejam em constante aprimoramento de seus conhecimentos. "O estudo deve ser de forma continuada", observa.