Depois de quatro meses em queda, o nível de confiança do consumidor se manteve estável em julho. Em junho, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pela Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) havia atingido o nível mais baixo em nove meses. Em julho, o índice subiu 0,2% em relação a junho e ficou em 133,3 pontos. O indicador varia de zero a 200 pontos, apontando otimismo acima dos 100 pontos e pessimismo abaixo desse patamar.
A assessoria econômica da Fecomercio assinada que a crise política tem baixo reflexo na confiança do consumidor. Para os economistas, neste momento há uma clara separação entre o cenário político e o quadro econômico.
- Enquanto a crise política não atingir o cerne do governo e a economia não mostrar sinais negativos evidentes, o consumidor não deve se mostrar tão pessimista - afirma Abram Szajman, presidente da Fecomercio, em nota distribuída pela entidade.
A expectativa é que o índice volte a cair em agosto, pois não há expectativa de melhora na economia a curto prazo. A renda média real caiu no mês passado e o desemprego continua em alta.
Em julho, aumentou o pessimismo entre os consumidores com renda superior a dez salários mínimos. Normalmente, essa faixa de renda é mais atenta aos reflexos da política na economia. Entre os consumidores de renda mais baixa, inferior a 10 salários mínimos, o otimismo continua e o índice aumentou 3,1%.
A pesquisa mostra ainda que as mulheres são mais influenciadas pelos fatores internos. A confiança entre as mulheres caiu 4,2% (para 130,4). A dos homens, no entanto, aumentou 5,2%. Segundo a Fecomercio, eles são mais suscetíveis às instabilidades internacionais.
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