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Maria Christina de Andrade Vieira

Conflitos do cotidiano empresarial

Todas as pessoas têm o desafio de administrar conflitos no dia-a-dia das empresas e, para muitos, essa tarefa é difícil!

Algumas pessoas personalizam questões levando-as para o indivíduo e tomando para si qualquer debate, troca de idéias, divergências ou opiniões; a discussão passa a ser uma disputa de poder, espaço ou afirmação dentro dos domínios da empresa porém, infrutífera. Todos perdem. Os colegas já conhecem o modelo e sabem como vai terminar; além de não ter vencedores, o clima fica desagradável, o entorno pesado e o respeito profissional - condição de liderança -, escorre como água.

Outros têm a habilidade de canalizar qualquer situação para o profissional, sem que isso interfira em outros aspectos; conseguem descaracterizar qualquer foco em pessoas direcionando-os para a empresa.

Quando os sentimentos e as emoções interferem no processo decisório os conflitos acontecem! Decisões empresariais direcionadas para aquilo que é melhor para a empresa e seus resultados não podem nem devem gerar conflitos; podem sim, ter divergências saudáveis que enriquecem decisões.

Infelizmente as tendências de se levar qualquer detalhe para o lado pessoal é grande e cabe às chefias direcionarem sugestões e idéias para o campo da lógica e do racional de forma inteligente e hábil fortalecendo e liderando processos decisórios fundamentados em critérios claros. Sem melindres.

Sabe-se que chefias lideram por oferecerem direção e facilitarem caminhos gerando desenvolvimento pessoal e qualificando processos. Sabe-se que profissionais que pretendem investir numa carreira oferecem soluções, idéias, argumentos e fatos que embasam decisões. Algumas chefias administram por conflitos, vale dizer, criam situações entre pessoas e equipes que geram discordâncias negativas em que a empresa é penalizada. Estas divergências em que cada um puxa para um lado tornam funcionários indecisos, inseguros e sem confiança para decisões.

Conflitos internos fazem empresas deixar de ganhar quando não geram perdas diretamente. No entanto, é incrível, como essa atitude é muito mais comum do que parece.

Maria Christina de Andrade Vieira, empresária e escritora, autora de Herança (Ed.Senac-SP), Cotidiano e Ética: crônicas da vida empresarial (ed. Senac-SP).chris@onda.com.br www.andradevieira.com.br

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