Não bastassem as mudanças cada vez mais constantes no mercado de trabalho, quem estiver estreando – ou tentando se recolocar na ativa – na vida profissional nos próximos meses deverá lidar com um ambiente de instabilidade econômica do país. A realidade mostra-se profícua para profissionais de áreas novas, que exijam competências ainda raras no mercado brasileiro – sejam essas novidades motivadas por evoluções na tecnologia, como técnico em drone, ou alavancadas por mudanças sociais, caso da gerontologia e da geriatria, em alta graças ao aumento da população idosa no Brasil.
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“2017 mostrou aquecimento nas contratações após quase dois anos de queda. Tivemos abertura de postos nas áreas administrativa, financeira, de marketing e tecnologia da informação, principalmente”, diz Luciana Adegas, supervisora de RH da empresa Metta Capital Humano, uma das especialistas ouvidas para elencar 10 carreiras que estão em alta em 2017 e que se mostram promissoras para 2018.
Entre os profissionais de RH, há uma área que é praticamente consenso: ciência de dados. Ao lado da função de estatístico, que também aparece na lista, é um profissional com capacidade de lidar principalmente com big data – quantidades massivas de dados que ajudam a encontrar padrões e traçar tendências. Enquanto o estatístico organiza dados normalmente oriundos da própria empresa e encontra neles possibilidades de maior efetividade, o cientista de dados deve ter familiaridade com conceitos como tecnologia da informação, com possibilidade de trabalhar em softwares que cruzem dados disponíveis na rede.
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“Cada vez mais, surgem oportunidades dentro das empresas de se mensurar e analisar dados, para que se faça cada vez melhor. Na prática, é uma função que exige capacidade de compreender os processos, coletar informações e encontrar possibilidades de melhoria”, explica Fabio Rios, CEO da Plugar Data Intelligence, que trabalha fornecendo dados e ajudando empresas a traçar estratégias.
Áreas promissoras
O que faz: se utiliza da análise de dados, do conhecimento de software, da gestão comercial e das noções de estatística e matemática para reunir a maior quantidade possível de informações de big data disponíveis na rede para pensar em soluções e aprimoramentos em empresas, produtos e cadeias de distribuição.
Formação: há cursos específicos para a área, principalmente para graduados em TI, Matemática, Estatística, Análise de Negócios ou Engenharia.
Por que tem destaque: é o profissional capacitado para lidar com big data, a enorme quantidade de dados disponíveis na internet, que pode melhorar, tornar mais eficientes ou mais rentáveis processos internos.
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O que faz: utiliza teorias matemáticas para determinar a frequência e a ocorrência de eventos anteriores e prever novos movimentos. Seu trabalho inclui coleta, organização, descrição, análise e interpretação de dados. Além de conhecimentos em matemática, o estatístico tem grande domínio de linguagens e recursos computacionais para elaborar modelos matemáticos que simulem situações reais ou hipotéticas. Atua normalmente em empresas como bancos, agências de marketing ou publicidade e órgãos oficiais de pesquisa.
Formação: Estatística ou Matemática.
Por que tem destaque: porque é o profissional responsável por comandar e manter a eficiência dos processos internos e encontrar padrões que tornem mais racionais as ações da empresa.
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O que faz: geriatria é a área da saúde que cuida da prevenção e do tratamento de doenças, da reabilitação funcional e dos cuidados paliativos de idosos, enquanto a gerontologia é o estudo do envelhecimento.
Formação: principalmente Medicina, mas também Psicologia, Serviço Social, Nutrição, Terapia Ocupacional e Direito.
Por que tem destaque: graças ao envelhecimento da população brasileira – a população idosa vai triplicar entre 2010 e 2050, aponta IBGE –, profissionais que cuidem dessa população ganham destaque.
O que faz: basicamente, gerencia diretrizes e define estratégias para comercialização de produtos e serviços.
Formação: cursos de Administração, Economia, Marketing ou Engenharia são valorizados.
Por que tem destaque: a crise econômica pela qual passa o país exige cada vez mais profissionais competentes que mantenham segura a área de comércio e vendas das empresas.
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O que faz: cria, desenvolve e aprimora softwares e aplicativos de celular.
Formação: Ciências da Computação, mas há cursos específicos.
Por que tem destaque: cada vez mais pessoas têm smartphones, portanto,seguem valorizados os programadores responsáveis por softwares e aplicativos .
O que faz: manipula agentes biológicos para obter bens ou fornecer serviços.
Formação: há cursos de Biotecnologia, mas as áreas podem ser diversas: Engenharia Biotecnológica, Ciências Biológicas ou Biomédicas. Graduados em Medicina, Biologia e Agricultura podem se especializar.
Por que tem destaque: utiliza conhecimento específico para lidar com possibilidades novas e muito diferentes entre si, como desenvolvimento de produtos alimentícios, controle de pragas em plantações ou mesmo fabricação de medicamentos.
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O que faz: é responsável por monitorar e controlar as atividades financeiras de determinada empresa.
Formação: é recomendável formação em áreas como Administração ou Economia.
Por que tem destaque: novamente, a crise econômica surge como principal argumento. Quanto mais profissional e capacitado for o empregado responsável por comandar o setor financeiro, menos chance de a empresa ter problemas econômicos.
O que faz: atua com a imagem da empresa ou do produto, com o objetivo de atrair novos negócios, criar relacionamentos e desenvolver uma identidade de marca.
Formação: há cursos específicos, mas formações como Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda, fornecem habilidades necessárias.
Por que tem destaque: em momentos de retração do mercado, a construção e manutenção da imagem no ambiente digital torna-se primordial.
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O que faz: comanda o processo logístico da empresa, área que pode abranger desde a fabricação até a distribuição do produto.
Formação: Logística, mas pode abranger profissionais de Engenharia, Administração e Gestão.
Por que tem destaque: em momento de crise, profissionais que tornem mais ágil, barata e eficiente a cadeia produtiva ganham importância.
O que faz: controla e comanda drones ou aparelhos com tecnologia semelhante.
Formação: não há formação específica, mas são necessários treinamentos e, em alguns casos, autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Por que tem destaque: drones podem ser utilizados em áreas diversas, do Jornalismo ao Agronegócio.
Fontes: Crismeri Corrêa, vice-presidente de gestão e inovação da ABRH/RS; Luciana Adegas, da Metta Capital Humano; Simoni Missel, da Missel Capacitação Empresarial; e Sabino da Silva Porto Junior, professor de Economia da UFRGS.
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