Anualmente, durante os meses de agosto e setembro, acontece a maratona de programas de trainee e estágio nas grandes empresas brasileiras. Com salários que chegam perto dos R$ 7 mil, no caso de alguns trainees, esses programas são a oportunidade de entrar no mercado de trabalho e nas melhores empresas do país para se trabalhar.
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Entre os processos seletivos mais concorridos do país estão o da Ambev, Falconi e Kraft Heinz, cujas inscrições, inclusive, estão abertas neste momento. Nestes três programas, podem participar estudantes dos mais diversos cursos e áreas.
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Começar como estagiário em uma dessas empresas é uma oportunidade de criar um plano de carreira sólido. O Infomoney conversou com três atuais líderes das empresas que começaram sua trajetória como estagiários e, hoje, ocupam o posto de sócios. Eles compartilharam as experiências de sua trajetória, comentaram sobre os desafios e oportunidades que tiveram e, claro, deram dicas para quem deseja construir uma carreira sólida em uma empresa.
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Confira a seguir os relatos:
Naiara del Rio, coordenadora de suprimentos da Ambev Jacareí
Antes de entrar no programa de estágio da Ambev, Naiara já havia trabalhado na empresa como jovem aprendiz, aos 15 anos. Aos 19 anos, ela já estava contratada como eletricista da empresa e estudava em uma universidade particular com 70% dos custos cobertos pela empresa. “Essa foi uma vitória para mim, porque sei que eles enxergaram a liderança”, contou.
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Naiara se tornou supervisora de linha de produção aos 21 anos e, hoje, acumulando 11 anos de empresa, é coordenadora de suprimentos da Ambev Jacareí, no interior de São Paulo. Neste período, ela conta que aprendeu a ter responsabilidade e autonomia para “resolver problemas”, além da famosa postura “de dono da empresa”. “Isso é algo que a Ambev valoriza e muito, em todas as hierarquias da companhia”, disse.
“O programa de estágio e trainee da empresa são os melhores que eu já vi. Para as pessoas que têm vontade de crescer, que se incomodam com resultados médios e que querem uma carreira de sucesso, são ideais. Recomendo somente que a pessoa se prepare e seja sincera desde o começo”, disse.
Flávio Boan, sócio e diretor-executivo da Falconi
Depois de estagiar por um breve período na companhia e passar como trainee na antiga Cervejaria Brahma, Flávio foi convidado para voltar a trabalhar na Falconi, desta vez também como trainee. Desde então, são 20 anos na empresa. “Fui trainee, analista de gestão, consultor sênior, líder de frente de trabalho, gerente de projeto e sócio”.
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“O maior desafio que enfrentei foi, antes de tudo, foi entender qual é o próximo passo da nossa carreira, para que temos de nos preparar e quais são os desafios que virão nos próximos anos. Isso não é algo que conseguimos fazer de maneira tão planejada. O que eu aprendi em todo esse tempo é a importância de não nos concentrarmos nas competências que temos hoje, mas nas habilidades que futuramente serão necessárias”, disse.
Existe, segundo Fábio, um detalhe que impede que os jovens de hoje construam uma carreira em uma empresa: a falta de persistência.
“Algumas coisas não acontecem de um ano para o outro, não são tão rápidas quanto gostaríamos. Adquirir visibilidade é um processo demorado”, disse.
Laura Scottini, coordenadora de planejamento e performance da Kraft Heinz
Ter um ‘fitch’ de perfil com a empresa é fundamental para construir um plano de carreira, segundo Laura. Isto é, estar em uma empresa com uma cultura com a qual você se identifique, que atenda as suas expectativas e cujas expectativas você também pode atender.
“Mostrar que você tem visão de dono, foco nos resultados e ter um legado em cada local por onde passou é indispensável”, disse Laura, que passou tanto pelo programa de estágio quanto de trainee da empresa até se tornar coordenadora de planejamento e performance da Kraft-Heinz.