O Banco Central informou nesta quinta-feira que a dívida externa total brasileira estava em US$ 198,3 bilhões em maio, o menor patamar desde dezembro de 1997, quando ficara em US$ 191,6 bilhões. Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, a redução tem ocorrido porque desde 2002 o país tem renovado menos o volume total da dívida. Altamir Lopes acredita que o valor para junho não deve ter grande alteração, já que a taxa de rolagem em junho ficou próxima de 100%.
Além disso, foi divulgado nesta quinta-feira o resultado da conta de transações correntes (soma de comércio exterior, viagens internacionais, pagamentos de juros e remessas de lucros e dividendos) que registrou superávit de US$ 2,592 bilhões em julho, um valor bem acima do US$ 1,807 bilhão de julho do ano passado.
Esse é o melhor resultado mensal desde 1947. O motivo do aumento foi o resultado da balança comercial, que passou de superavit de US$ 3,466 bilhões para um saldo de US$ 5,012 bilhões.
Nos sete primeiros meses do ano, as contas externas brasileiras acumulam superávit de US$ 7,876 bilhões, o que equivale a 1,83% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período do ano passado, o saldo positivo foi de US$ 3,220 bilhões.
Nos últimos 12 meses, as transações correntes têm superávit de US$ 13,904 bilhões, o que equivale a 1,94% do PIB.
Em julho, a conta capital estrangeiro (empréstimos externos e investimentos estrangeiros) ficou negativa em US$ 7,08 bilhões. O governo pagou no mês passado US$ 4,976 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI), contra US$ 1,405 bilhão em julho do ano passado. Os investimentos estrangeiros diretos no Brasil somaram US$ 2,035 bilhões em julho, contra US$ 1,6 bilhão em julho do ano passado.
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