A crise começa a desanimar os brasileiros. O índice de confiança do consumidor caiu 5,4% em agosto, na comparação com julho, e atingiu o menor patamar dos últimos 12 meses, ficando em 126,1 pontos. O indicador varia de 0 a 200 pontos, apontando otimismo acima dos 100 pontos e pessimismo abaixo desse patamar.

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O desânimo pode ser ainda maior, já que a coleta foi feita antes do depoimento do publicitário Duda Mendonça, que fez a crise se aproximar mais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Os

resultados desse mês já mostram de forma clara o impacto negativo que o agravamento do cenário político provocou na confiança dos consumidores paulistanos", dizem os economistas da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), responsável pela pesquisa.

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Embora estejam animados com a condição presente - a alta do índice foi de 3,1% - a expectativa em relação ao futuro despencou 9,9%. O desânimo atingiu todos os subgrupos da pesquisa, o que indica que a preocupação atinge homens e mulheres de diversas faixas de renda.

Para a Fecomercio, o índice só não caiu mais porque a economia ainda se mantém imune à turbulência política. O otimismo com a situação atual é maior entre as pessoas com renda acima de 10 salários mínimos e caiu entre os consumidores de renda mais baixa, que estão no limite entre o pessimismo e o otimismo. Os economistas acreditam que os consumidores de renda mais alta conseguem separar melhor a crise política do desempenho econômico.