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Curitiba teve a segunda maior alta no custo da cesta básica entre as 16 cidades pesquisadas no mês de setembro. Uma família curitibana, formada por um casal e dois filhos, gastaria R$ 474,15 para adquirir a quantidade de alimentos considerada essencial. Já para a cesta básica mínima o valor foi de R$ 158,05, ou seja, 0,9% a mais que no mês anterior. O acumulado do ano o número representa uma alta de 1,37% em 2005 e no período de um ano houve deflação de 4,81%. Curitiba tem a 5.ª cesta básica mais cara do país, atrás apenas de Brasília (R$ 158,74), Rio de Janeiro (R$ 161,79), São Paulo (R$ 172,34) e Porto Alegre (R$ 173,60).

Nos números apresentados nesta segunda-feira pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), seriam necessários 1,58 salários mínimos para comprar os alimentos essenciais. O produto que apresentou maior variação foi a banana. De agosto a setembro, o preço da fruta subiu 12,33%.

Em seguida ficou a carne, com 4,42%, o açúcar (2,50%), feijão (1,46%) e Café (0,39%). Porém na variação entre agosto e setembro, o açúcar foi o que mais subiu com um total de 7,76%.

Os produtos que registraram deflação no mês de setembro foram a batata (-8,89), tomate (-7,01), arroz (-5,8%), leite (-4,8), manteiga (-3,36) e farinha de trigo (-1,12). Somando os dois últimos meses, a batata teve uma redução de 18,31% em seu preço final.

O relatório do Dieese aponta que o custo da cesta básica mínima representa um custo diário de R$ 5,27 em alimentação. Levando em conta o salário mínimo de R$ 300, o trabalhador precisa trabalhar 115h54min por mês (de uma carga de 220h estipulada em lei) para comprar os alimentos básicos.

Segundo o Dieese, o salário mínimo ideal no Brasil seria de R$ 1.458,42. Isso garantiria o cumprimento da Constituição Federal que diz que o "mínimo" deveria garantir ao trabalhador condições de atender as suas necessidades vitais às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social.

No Brasil

Florianópolis foi a capital que apresentou o maior aumento no custo da cesta básica mínima. Na capital catarinense, o valor em reais é de R$ 157,64, aumento de 1,82%. As outras duas cidades que apresentaram inflação foram Porto Alegre (0,43%) e Belém (0,12%), além de Curitiba. Todas as outras 12 capitais apresentaram deflação. O maior índice de redução ficou em Natal, com –4,46%.

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