O Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, foi destituído do conselho de administração da Brasil Telecom Operadora, empresa de telefonia que atua nas regiões, Sul, Centro-Oeste e Norte do país.
O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Edson Vidigal, garantiu a realização de assembléia dos acionistas da Brasil Telecom. A decisão de Vidigal atendeu a uma medida preventiva apresentada pelos advogados da Previ e dos fundos de pensão como forma de evitar artifícios jurídicos do grupo Opportunity para bloquear a assembléia.
Sergio Spinelli, do CVC-Citigroup, foi eleito presidente do conselho de administração da operadora. Pedro Paulo de Campos, sócio-diretor da Angra-Partners, é o vice.
Segundo o fato relevante enviado para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os membros Eduardo Seabra Fagundes, Humberto José Rocha Braz, Luiz Octavio da Motta Veiga, Eduardo Cintra Santos e Carlos Alberto Siqueira Castro e os suplentes José Leitão Viana, Guido Vinci e Robson Goulart Barreto foram destituídos de seus cargos.
Em seu lugar foram eleitos Spinelli, Pedro Paulo de Campos, Elemér André Surányi, Fabio de Oliveira Moser, André Urani e Jorge Luiz Sarabanda da Silva Fagundes como membros titulares e Alberto Ribeiro Guth, Marcel Cecchi Vieira, Renato Carvalho do Nascimento, Adriana Duarte Chagastelles, Carmen Sylvia Motta Parkinson e Célia Beatriz Padovan Pacheco como suplentes.
O passo seguinte será destituir a diretoria da operadora, comandada hoje por Carla Cico, e eleger novos membros. Já se sabe que o presidente será Ricardo Knoepfelmacher, que para isso se afastou do Angra Partners, administrador dos investimentos dos fundos de pensão.
O longo processo de substituição de todos os membros dos conselhos dos diversos elos da cadeia foi detonado em março deste ano, quando o Citigroup decidiu afastar o Opportunity da gestão do fundo CVC internacional - do qual o banco americano é o único cotista. O Opportunity já havia sido afastado da gestão do fundo CVC nacional no ano passado. Os sócios acusam o banco de Daniel Dantas de quebra do dever fiduciário e de agir em interesse próprio e não dos detentores da maioria dos recursos que administrava.
Depois da decisão do Citigroup, o banco e os fundos acertaram um acordo para administrar conjuntamente a operadora até que encontrem um comprador. Os sócios tentaram, desde a semana passada, um acordo com a Telecom Italia para a venda de suas participações, mas não chegaram a um consenso. Por isso, assumirão a empresa.
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