Para quem já está certo de que uma pós-graduação vai mudar sua trajetória profissional, o que mais preocupa e pode até adiar a realização deste sonho é o dinheiro. Por isso, a recomendação de especialistas antes de realizar o sacrifício financeiro é avaliar friamente o retorno desse investimento, o chamado custo-benefício.
"O ideal é que o retorno seja financeiro, uma promoção ou a certeza de um novo emprego com melhor salário, mas não é só isso que deve ser colocado na balança", afirma o professor Aderbal Nicolas Muller, coordenador do curso de Ciências Contábeis da graduação e pós-graduação do UniFAE Centro Universitário. Para ele, primeiro é importante saber qual é o objetivo da pós, se o conhecimento adquirido e o título farão diferença no currículo.
A melhor opção é definir as metas profissionais e começar a poupar. Com dinheiro em mãos será possível negociar um desconto para pagamento à vista. "Se uma pessoa guarda R$ 150 por mês, em quatro anos terá o dinheiro para uma pós de R$ 7.200", explica o professor.
De olho neste filão, instituições bancárias criaram linhas de crédito específicas, com taxas de juros abaixo do mercado, mas é bom fazer cálculos. As parcelas mensais parecem atrativas, porém se o interessado emprestar, por exemplo, R$ 10 mil, com taxas entre 2,35% e 3,88%, para parcelamento em 36 parcelas, ao fim do contrato terá pago mais que o dobro. "Cabe à pessoa avaliar se o retorno dessa modalidade será vantajoso."
Outra opção é tentar negociar com as instituições de ensino uma forma de pagamento flexível. Algumas universidades oferecem parcelamentos mais longos. Isso aumenta o tempo do curso, é claro, mas pesa menos no bolso.
