A decretação de falência cresceu 30% em julho, na comparação com o mesmo mês de 2004, segundo levantamento nacional feito pela empresa Serasa. Foram decretadas 347 falências de empresas no mês passado, conta 267 em julho do ano passado.

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De acordo com os dados da Serasa - empresa de pesquisas, informações e análises econômico-financeiras - o volume de falências requeridas também aumentou no período. Foram registrados 776 requerimentos de falências em julho de 2005, enquanto no mesmo mês do ano passado, foram 720. A alta é de 7,8%.

A Serasa atribui o aumento do volume de falências decretadas e requeridas em julho de 2005 a uma desaceleração da atividade econômica ao longo deste ano, decorrente das altas taxas de juros e do maior endividamento das empresas. Essa desaceleração, segundo a empresa, já vinha sendo apontada há alguns meses pelo Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Jurídica, que reflete as dificuldades de pagamento das empresas.

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Entretanto, o levantamento aponta que o volume de falências decretadas registrou queda de 4,4% nos primeiros sete meses de 2005, em relação ao mesmo período do ano passado. Foram decretadas 2.487 falências de janeiro a julho de 2005, contra 2.602 falências no acumulado dos sete meses de 2004.

Os deferimentos de concordatas em julho de 2005 totalizaram 35 casos, o que representou uma queda de 7,9% em relação a julho de 2004, quando foram deferidas 38 concordatas. Essa queda está associada à substituição da concordata pela recuperação judicial ou extrajudicial, a partir da entrada em vigor da nova Lei de Falências, em junho de 2005. Os pedidos de recuperação judicial, em julho deste ano, totalizaram 12 registros e não houve requerimentos de recuperação extrajudicial no mês.

A queda permaneceu também no volume de falências requeridas, que somaram 6.310 de janeiro a julho de 2005. Foi registrado um decréscimo de 23,3% em relação aos primeiros sete meses de 2004, período em que se verificou 8.229 requerimentos de falências.

O volume de concordatas deferidas, nos sete primeiros meses do ano, caiu 21,2% em relação ao período equivalente de 2004. Foram deferidas 208 concordatas de janeiro a julho de 2005, contra 264, em 2004. Desde o início da vigência da nova Lei de Falências, houve 18 requerimentos de recuperação judicial de empresas e não houve, nesse período, registros de requerimentos de recuperação extrajudicial.

A queda do volume de falências e concordatas de janeiro a julho de 2005, em comparação com o mesmo período do ano anterior, é atribuída à influência dos resultados de 2004, período de significativa contenção desses eventos.

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- O crescimento da atividade econômica experimentado em 2004 ainda é mais importante para explicar o comportamento desses indicadores para o acumulado no ano, que a recente desaceleração verificada na economia - diz a Serasa.